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Ferrovia: “O país já está escaldado com as privatizações do CDS”

À saída da conferência de líderes parlamentares, Pedro Filipe Soares afirmou que o Bloco não vai dar palco ao CDS para discutir a privatização da CP. Ministro do Planeamento vai ao parlamento no dia 6.
Pedro Filipe Soares. Foto Nuno Fox/Lusa

A proposta do CDS para convocar uma reunião extraordinária da comissão permanente do parlamento foi rejeitada na conferência de líderes desta segunda-feira. O Bloco exigiu que o governo desse explicações e “houve a anuência das várias bancadas para que já no próximo dia 6 o ministro do Planeamento e Infraestruturas venha ao parlamento responder sobre a situação que hoje vive a ferrovia e as soluções que o governo pretende implementar”, disse o líder parlamentar bloquista à saída da reunião.

Pedro Filipe Soares lembrou que desde o início da legislatura, “temos apresentado e acompanhado iniciativas para que o investimento na ferrovia e na manutenção de material circulante fosse feito atempadamente”. Mas, “curiosamente, são as forças de oposição a essas intenções de investimento na ferrovia que hoje se vêm pronunciar” sobre a falta de investimento, sublinhou.

“Quando ouvimos dirigentes do CDS falar dos problemas da ferrovia e logo a seguir dizer que o caminho deveria ser o das concessões ou o da privatização, sabemos que mais uma vez é o negócio que está a imperar nas intenções que o CDS traz para o debate político”, prosseguiu o líder parlamentar bloquista, para quem “o país já está escaldado: sabemos o que custa a privatização dos aeroportos e a confusão que isso gera na mobilidade das pessoas”.

Por isso, acrescentou Pedro Filipe Soares, “o CDS não conta com o Bloco de Esquerda para fazer da Assembleia da República um palco para a discussão da privatização da CP ou da concessão de serviços ferroviários”.

Para o líder da bancada do Bloco, “há uma escolha essencial neste momento, que é a de salvaguardar os direitos das pessoas na sua mobilidade”. Para isso é preciso que a ferrovia tenha lugar nos planos de investimento público, com já foi aprovado em várias resoluções desde 2015, uma vez que se trata de “investimento público reprodutor de rendimento no país, valorizador ambiental e garante da mobilidade das populações”, concluiu Pedro Filipe Soares.

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