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Ferrovia: “O país já está escaldado com as privatizações do CDS”
A proposta do CDS para convocar uma reunião extraordinária da comissão permanente do parlamento foi rejeitada na conferência de líderes desta segunda-feira. O Bloco exigiu que o governo desse explicações e “houve a anuência das várias bancadas para que já no próximo dia 6 o ministro do Planeamento e Infraestruturas venha ao parlamento responder sobre a situação que hoje vive a ferrovia e as soluções que o governo pretende implementar”, disse o líder parlamentar bloquista à saída da reunião.
Pedro Filipe Soares lembrou que desde o início da legislatura, “temos apresentado e acompanhado iniciativas para que o investimento na ferrovia e na manutenção de material circulante fosse feito atempadamente”. Mas, “curiosamente, são as forças de oposição a essas intenções de investimento na ferrovia que hoje se vêm pronunciar” sobre a falta de investimento, sublinhou.
“Quando ouvimos dirigentes do CDS falar dos problemas da ferrovia e logo a seguir dizer que o caminho deveria ser o das concessões ou o da privatização, sabemos que mais uma vez é o negócio que está a imperar nas intenções que o CDS traz para o debate político”, prosseguiu o líder parlamentar bloquista, para quem “o país já está escaldado: sabemos o que custa a privatização dos aeroportos e a confusão que isso gera na mobilidade das pessoas”.
Por isso, acrescentou Pedro Filipe Soares, “o CDS não conta com o Bloco de Esquerda para fazer da Assembleia da República um palco para a discussão da privatização da CP ou da concessão de serviços ferroviários”.
Para o líder da bancada do Bloco, “há uma escolha essencial neste momento, que é a de salvaguardar os direitos das pessoas na sua mobilidade”. Para isso é preciso que a ferrovia tenha lugar nos planos de investimento público, com já foi aprovado em várias resoluções desde 2015, uma vez que se trata de “investimento público reprodutor de rendimento no país, valorizador ambiental e garante da mobilidade das populações”, concluiu Pedro Filipe Soares.
Comentários
Se existe transporte público
Se existe transporte público que confio é o comboio.
Trabalho em Oeiras no Tagus Park, todos os dias apanho 3 tranportes para chegar ao meu local de trabalho, Carris, CP e Vimeca/Lisboa tranportes.
Costumo dizer que o meu problema não é chegar ao Cacém mas sim sair de lá!!!
O serviço suburbano da CP é fiável, sei sempre que cumprem horários, posso sempre contar com a pontualidade dos comboios, os atrasos dos comboios são de minutos, seja a que horas for.
Já o mesmo não posso dizer da Vimeca/LT, empresa que ainda não há muito tempo fazia ameaças que ia deixar de aceitar o passe social, empresa essa que em vez de aumentar a oferta, parece que faz o máximo para as cortar.
A carreira que uso da Vimeca/LT é a 112, diga-se de passagem que esta tem um dos maiores percursos que conheço com um horario, no minimo, ridiculo sendo que serve zonas residencias como as zonas onde milhares de pessoas trabalham e estudam como o Tagus, o Lagoas park, e outros. Nem toda gente trabalha das 9h as 18h, existem alguns, como eu, que trabalhamos por turnos que tem uma dificuldade enorme seja a chegar como a sair do seus locas trabalho.
Ora se o exemplo a seguir são empresas privadas, então dispenso.
Mesmo que os comboios da CP tenham sempre de dar prioridade a comboios de outras empresas (como a Fertagus os comboios deles tem sempre prioridade em relação aos da CP), mesmo que o serviço da CP não seja perfeito, mesmo assim antes a CP como está do que uma CP privatizada.
Os caminhos-de-ferro
Os caminhos-de-ferro portugueses foram sempre deficitários mas sempre mais ou menos funcionais e em desenvolvimento lento!
O défice era minorado com os lucros de duas linhas, a do Norte e a de Sintra e com o que vinha da concessão da linha do Estoril.
Depois do 25 de Abril a lucrativa linha do Estoril foi integrada na CP e aumentadas substancialmente as despesas e como os apoios do Orçamento do Estado diminuíram e não permitiram manter o aumento das despesas as consequências passaram a reflectir-se na renovação e na conservação.
Continue-se a manter o mesmo nível de despesas como se a CP fosse uma empresa altamente lucrativa e todas as linhas acabam em ciclovias!
O transporte ferroviário é o mais barato mas as infra-estruturas ferroviárias são caríssimas e como o País não é rico e a crise está para durar a única solução é fazer concursos a nível internacional para a concessão da exploração e renovação de linhas existentes e a concessão da instalação e exploração de novas a exemplo do que se fez com os telefones com a cláusula de que no fim das concessões as infra-estruturas serão entregues renovadas e actualizadas.
Como exemplo a linha do Estoril devia ser modernizada e estendida pela costa até à Figueira da Foz outra pela costa sul até Vila Real de Santo António.
A Estação do Cais do Sodré deveria estender-se até aos mamarrachos do Porto de Lisboa, que foram construídos a marcar território e devem ser demolidos; a estação do Cais do Sodré também deveria ser apetrechada com cais para transportes fluviais e para hovercrafts para a margem sul, Costa da Caparica e Algarve!
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