A Procuradoria de Munique, na Alemanha, decidiu esta quinta-feira acusar três ex-executivos da Audi e um gerente reformado da prática de fraude por terem tido conhecimento das práticas de manipulação dos automóveis da marca e por não terem feito nada para as contrariar.
Em causa está o escândalo Dieselgate, que se tornou conhecido em 2015, o grupo Volkswagen terá manipulado milhões de carros em todo o mundo para os fazer passar por menos poluentes. Os motores a diesel eram alterados de forma a fazer passar os veículos como sendo menos poluidores do que na realidade eram.
Para além da acusação de fraude, há ainda outras como a de produzir “falsas certificações indiretas” e “publicidade criminosa”, segundo o comunicado da procuradoria citado pela Deutsche Welle. O antigo gerente está também acusado de vender automóveis das várias marcas do grupo, Audi, Volkswagen e Porsche, ao mesmo tempo que tinha conhecimento do esquema de falsificação das certificações de emissões.
Apresentada a queixa, cabe ao tribunal de Munique decidir se as acusações serão aceites. Há cerca de um ano tinha sido a vez de Rupert Stadler, o antigo chefe-executivo da Audi, ser acusado pelo Ministério Público. Juntando-se ao anterior presidente do grupo Martin Winterkorn que também já tinha ido parar à barra dos tribunais.
Para além dos processos em tribunal, as diferentes marcas do grupo têm multas milionárias para pagar. A Volkswagen terá de desembolsar mil milhões de euros, a Audi 800 milhões e a Porsche 535 milhões.