Flotilha para Gaza

Eurodeputados exigem condenação da UE ao ataque à flotilha

24 de setembro 2025 - 11:31

Carta dirigida a António Costa, Ursula von der Leyen, Kaja Kallas e Roberta Metsola pede também que a UE apoie e proteja a missão humanitária que navega para Gaza.

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Deputada com lenço palestiniano no plenário do Parlamento europeu
Foto The Left/Flickr

Vários deputados europeus dirigiram esta terça-feira uma carta aos presidentes das instituições europeias e à Alta Representante, exigindo que a UE condene as ameaças das autoridades e governo de Israel em relação à missão humanitária da Global Sumud Flotilla. Os eurodeputados pedem ainda que a UE apoie e proteja a flotilha e as pessoas que integram a missão humanitária e pacífica.

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A carta promovida pela eurodeputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, foi subscrita por deputados dos grupos políticos d’A Esquerda, Verdes/ALE, S&D e Renew.

“Desde que esta carta foi redigida, já ocorreu um primeiro ataque, com danos num dos navios e, felizmente, sem vítimas”, disse Catarina Martins, acrescentando que “a questão da segurança da flotilha é, portanto, de importância e responsabilidade urgentes, tornando esta carta ainda mais significativa”.  

A posição recentemente assumida pela Comissão Europeia e o Parlamento Europeu em relação à fome dos palestinianos e aos crimes que estão a ser cometidos em Gaza e na Cisjordânia perde significado, sustenta Catarina, se estas instituições “continuarem a ignorar o facto de uma missão pacífica, desarmada e humanitária estar a ser ilegalmente atacada em águas internacionais”.

“Ainda há tempo para as instituições europeias assumirem uma posição firme, em vez de lamentarem as consequências da sua própria inação”, concluiu Catarina Martins.

Na missiva dirigida aos líderes das instituições europeias, os eurodeputados lembram que as ameaças feitas por Israel nos últimos dias, nomeadamente através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, “devem ser levadas muito a sério, dado o histórico das Forças de Defesa de Israel quando se trata de crimes contra civis, incluindo jornalistas, médicos e pessoal humanitário”. Essas ameaças infundadas e com justificações comprovadamente falsas, prosseguem, “parecem ser feitas com o único propósito de justificar mais um ato criminoso” por parte dos militares israelitas.

Esta carta é subscrita por Catarina Martins (A Esquerda), Alessandra Moretti (S&D), Alessandro Zan (S&D), Ana Miranda (Verdes/ALE), Antonio Decaro (S&D), Benedetta Scuderi (Verdes/ALE), Brando Benifei (S&D), Camilla Laureti (S&D), Catarina Vieira (Verdes/ALE), Cecilia Strada (S&D), Cristina Guarda (Verdes/ALE), Daniel Attard (S&D), Dario Tamburrano (A Esquerda), Hana Jalloul (S&D), Hanna Gedin (A Esquerda), Ilaria Salis (A Esquerda), Irene Montero (A Esquerda), Isabel Serra (A Esquerda), Jaume Asens (Verdes/ALE), Kira Marie Peter-Hansen (Verdes/ALE), Leoluca Orlando (Verdes/ALE), Lucia Annunziata (S&D), Marc Botenga (A Esquerda), Marco Tarquinio (S&D), Maria Ohisalo (Verdes/ALE), Mimmo Lucano (A Esquerda), Nicola Zingaretti (S&D), Per Clausen (A Esquerda), Rasmus Nordqvist (Verdes/ALE), Rima Hassan (A Esquerda), Rudi Kennes (A Esquerda), Saskia Bricmont (Verdes/ALE), Tineke Strik (Verdes/ALE), Villy Sovndal (Verdes/ALE) e Vlad Voiculescu (Renew).

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