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Espanha: Alberto Garzón quer “congelar” o sorriso da direita

O líder da Izquierda Unida (IU), Alberto Garzón afirmou num comício realizado em Saragoça que a coligação “Unidos Podemos” é a única alternativa de governo que “permite mudar de políticas” e “congelar o sorriso daqueles que têm espoliado o país”.
Alberto Garzón apela a mudanças profundas na sociedade espanhola. Foto do el diario.es

Perante apoiantes que por diversas vezes interromperam a sua intervenção gritando “Presidente, Presidente” e cânticos onde se podia ouvir "sim, podemos”, Garzón denunciou a estratégia do medo utilizada pelas outras forças políticas como o PP, PSOE e Ciudadanos tendo afirmado que “eles estão a tentar intimidar as pessoas como se a responsabilidade pela situação em que se encontra o país tivesse sido nossa”, noticiou o publico.es.

“Somos os únicos que não utilizam argumentos baseados no medo”, disse o líder da IU que pediu o voto na coligação de esquerda para se poderem atingir dois objectivos primordiais que passam por uma “mudança de governo e consequentemente uma alteração de políticas para congelar o sorriso daqueles que têm espoliado o país”.

"Foi o PP que nos trouxe a miséria"

Durante sua intervenção, Alberto Garzón deixou também algumas interrogações, nomeadamente, se não serão os partidos que arruinaram o país que “temem uma mudança”.

O líder da IU referiu-se concretamente ao Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy como um partido “absolutamente atemorizado”, mas também ao Ciudadanos de Albert Rivera que não é "gerador de confiança" porque nos últimos meses vezes já afirmou preferir ora um governo do PP ora um executivo do PSOE.

Em relação aos socialistas liderados por Pedro Sanchez, o líder da IU afirmou que os seus dirigentes têm feito uma campanha apenas como o intuito de “denegrir” a coligação “Unidos Podemos”.

“Não se enganem. Foi o PP que nos trouxe a miséria e é ele o nosso adversário comum”, disse Garzón tendo ainda sublinhado a necessidade de empreender uma “mudança” e uma “renovação” do poder político em Espanha, algo que as sondagens dizem ser possível porque, sublinhou, "estamos cada vez mais perto de ultrapassar o PP".

No comício, estiveram ainda presentes os cabeças de lista ao Congresso e ao Senado por Saragoça, Pedro Arrojo, Rosa María Artal, Rosa Magallón e Luis Clarimón e também o presidente da câmara da capital aragonesa, Pedro Santisteve.

Na sua intervenção, Luís Clarimón disse que há bons indicadores para se atingir aquilo que muitos consideravam impensável há uns meses, ou seja a vitória da coligação.

O dia de campanha incluiu ainda uma deslocação a Teruel, onde o líder da IU referiu que a coligação “Unidos Podemos” não foi constituída com o objectivo de “ter apenas mais deputados, mas sim para mudar a sociedade.”

Neste sentido fez um apelo a toda a esquerda para concentrar os votos na coligação porque esta representa a verdadeira alternativa para a mudança.

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