“Os enfermeiros do Algarve não podem permitir que os responsáveis das instituições assinem acordos pré-eleitorais e depois não os cumpram pós-eleições, sobretudo quando não há nenhum elemento novo que justifique o não cumprimento”, afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Os enfermeiros exigem o pagamento de 100% do descongelamento da progressão, a harmonização das condições de trabalho para enfermeiros com diferentes tipos de contrato, a transição de todos os que têm título de especialista para a categoria de especialista da nova careira, entre outras reivindicações.
“Há enfermeiros que há 18 anos não têm qualquer progressão e as instituições, ao não concretizarem estes compromissos, significa que os enfermeiros vão continuar com o salário que têm neste momento”, afirmou Nuno Manjua, dirigente regional do SEP, em conferência de imprensa.
O acordo entre enfermeiros e a ARS para dar resposta a estas reivindicações foi assinado em setembro e no caso do CHUA em fevereiro, com o objetivo de serem cumpridos por inteiro até ao fim do ano passado, o que não aconteceu. Os enfermeiros lembram que a greve de dois dias marcada para o final de setembro, em plena campanha eleitoral para as legislativas, foi desconfiada “por confiarem que os dirigentes máximos das instituições cumpririam com a sua palavra”.
“Para piorar o quadro, no mês de dezembro, as instituições não procederam ao pagamento dos últimos 25% do faseamento do descongelamento da progressão a muitos enfermeiros”, adianta a delegação algarvia do SEP na nota de imprensa.
Os enfermeiros admitem tomar novas formas de luta já em fevereiro, “que poderão passar por mais dias de greve”.