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Eleições à vista em Espanha após chumbo do Orçamento

Por 191 votos contra 158, o Orçamento proposto pelo governo do PSOE foi chumbado esta quarta-feira. Os votos dos independentistas catalães foram decisivos. Pedro Sánchez pode marcar eleições para o mês de abril.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez e a vice-presidente do governo Carmen Calvo durante o debate orçamental. Foto Congresso dos deputados.

O governo minoritário do PSOE em Espanha assistiu esta quarta-feira ao anúncio do seu fim, com o chumbo do Orçamento negociado à esquerda. Apesar das tentativas de mediação por parte do líder do Podemos, Pablo Iglesias, que manteve contactos nos últimos dias com as direções da Esquerda Republicana Catalã, do PdeCAT e com o próprio Carles Puigdemont, exilado na Bélgica, não houve abertura nem da parte do governo nem dos partidos catalães para um acordo sobre uma mesa de diálogo em troca da viabilização do Orçamento.

ERC e PdeCat acabaram mesmo por juntar os seus votos ao PP, Ciudadanos, Forum Asturias e Coalición Canaria numa única votação que abarcou as seis propostas de emenda à totalidade dos artigos do Orçamento.

Com a perspetiva do chumbo a aproximar-se, o debate orçamental desta semana assemelhou-se a um balanço da ação governativa do curto governo do PSOE, com a ministra das Finanças a afirmar que “nestes oito meses fizemos mais pela justiça social e pela redistribuição da economia que nos últimos sete anos”. Maria Jesus Montero elogiou ainda o bom trabalho desenvolvido com a bancada do Unidos Podemos na preparação do orçamento.

A imprensa espanhola afirma que a manifestação de domingo que uniu a direita e a extrema-direita no centro de Madrid serviu para convencer Sanchez da necessidade de antecipar as eleições em vez de negociar o orçamento com os independentistas. O PSOE vai à frente nas sondagens e a data mais provável para a realização das legislativas será o dia 28 de abril, embora não esteja afastada a hipótese de 14 de abril, antes do início da Semana Santa. 

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