Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, os professores exortam o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, e os membros do Conselho Geral a adotarem “posições de maior firmeza que impeçam a realização de praxes no período de pandemia".
Os docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) recordam que foi feito um esforço significativo por parte de toda a comunidade para que o ano letivo "possa decorrer com a normalidade possível".
"A decisão de um grupo de estudantes sem qualquer representatividade democrática ou institucional de manter atividades que, pelo seu próprio cariz, nomeadamente suscitando entusiasmos que contrariam as regras e os conselhos das autoridades sanitárias, criam injustificadamente fortes situações de risco, parece-nos merecer das autoridades universitárias uma posição firme de distanciamento", lê-se na carta.
Os professores defendem, inclusive, a anulação da praxe "em qualquer lugar, na linha, aliás, do que aconteceu com as autoridades de outras instituições universitárias em contexto pandémico, nomeadamente a Universidade de Lisboa".
"Não surpreende que quer a comunidade universitária, quer a comunidade local, quer o país, estranhem, por um lado, os sacrifícios que lhes são exigidos e, por outro lado, a permissividade em relação a atividades de alto risco, como a praxe, cuja realização não se reveste de nenhuma utilidade e poderá acarretar enormes danos, podendo até pôr em causa o decorrer do ano letivo, prejudicando docentes, estudantes, famílias e a cidade", enfatizam.