Após duas buscas na empresa, em março de 2017 e fevereiro de 2018, os investigadores do escândalo de manipulação dos valores de gases poluentes nos veículos a gasóleo concluíram que o presidente da Audi tinha conhecimento e nada fez para impedir que os carros entrassem no mercado. Ao todo terão sido vendidos 220 mil automóveis da Audi equipados com software que manipula os valores, de forma a parecerem inferiores às emissões reais.
Segundo a imprensa alemã, a prisão preventiva de Stadler deve-se ao risco de destruição de provas. A sua detenção surge poucos dias depois do anúncio da Volkswagen — grupo que detém a Audi — de que irá pagar uma multa de mil milhões de euros devido à fraude com as emissões de gases no software dos seus automóveis, o escândalo conhecido como “dieselgate”.
A este montante somam-se os quatro mil milhões de euros pagos em multas nos EUA. No caso desta marca, foram vendidos mais de dez milhões de veículos com software de controlo de emissões manipulado, 600 mil dos quais nos Estados Unidos.