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Dezenas de milhares de camponeses indianos queimam lei de Modi

O festival do Lohri, celebrado sobretudo no Punjab a meio do Inverno, é também famoso pelas enormes fogueiras. Só que esta quarta-feira, o combustível que as alimentou nos arredores de Nova Deli foi diferente do habitual. Queimaram-se exemplares da lei de reforma do setor agrícola do primeiro-ministro nacionalista indiano Narendra Modi.
Dezenas de milhares de camponeses têm estado acampados há mais de dois meses em protesto contra a liberalização dos preços que os deixa à mercê dos grandes grupos económicos que controlam a distribuição alimentar.
ਤਿਆਰੀਆਂ ਲੱਗਦਾ ਸਰਕਾਰ ਡਰਦੀ ਆ ਜੇ ਕਿਸਾਨ ਬੈਠੇ ਰਹੇ ਤਾਂ 26 ਜਨਵਰੀ ਨੂੰ ਪਰੇਡ ਜ਼ਰੂਰ ਨਿਕਲੂ ਕਿਸਾਨਾਂ ਦੀ.....#BurnFarmLawsOnLohri pic.twitter.com/pjjBrezCuB
— ਜੈਪ੍ਰੀਤ ਰੰਧਾਵਾ ( ਧੀ ਕਿਸਾਨ ਦੀ) (@preetjaikaur) January 13, 2021
A decisão do Supremo Tribunal indiano de suspender temporariamente a sua aplicação, enquanto um comité de quatro membros analisa as razões apresentadas pelos manifestantes, não apaziguou a contestação. Pelo contrário, os camponeses responderam a dizer que não participarão porque, segundo disse um dos seus dirigentes, Balbeer Singh Rajewal, citado pelo Guardian, “os membros do Comité nomeado pelo Supremo Tribunal não são confiáveis, porque têm escrito como as leis agrícolas são pró-camponeses.”
Burn farm laws copy on this lahri and save Farmer’s life
Save Farmers | Save Nation
#BurnFarmLawsOnLohri pic.twitter.com/Udqj8qJ44X
— Indian Farmer भारतीय किसान (@BharatiyaKisaan) January 13, 2021
Por isso, prometem intensificar os protestos no dia da República, 26 de janeiro, que celebra a entrada em vigor da Constituição do país. À Reuters, o secretário geral do Jamhuri Kisan Sabha, um dos maiores sindicatos agrícolas, disse esperar mobilizar nessa data cerca de dois milhões de agricultores. Em novembro tinham sido perto de meio milhão aqueles que iniciaram marchas, sobretudo a partir dos estados do Punjab e de Haryana, para acampar perto da capital do país e ocupar várias estradas em seu redor.
O governo continua a insistir que não mudará a lei. Mas, ao contrário da forma como lidou com outros processos, foi já obrigado a fazer oito rondas de negociação.
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