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Desflorestação da Amazónia cresce pelo 14.º mês consecutivo

São catorze meses seguidos de recordes de desflorestação. No mês de junho passado foi batido o recorde mensal de junho de 2016, com mais de mil quilómetros quadrados destruídos, confirmam os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Desmatamento na Amazónia. Outubro 2016. Fonte: Jeso Carneiro/Flickr.
Desmatamento na Amazónia. Outubro 2016. Fonte: Jeso Carneiro/Flickr.

O crescimento ininterrupto de operações mineiras e explorações agro-industriais está a quebrar recordes de destruição de floresta na Amazónia há catorze meses consecutivos. Apenas em junho passado foram destruídos mais de mil quilómetros quadrados, ultrapassando o recorde de junho de 2016, avança a Folha de S. Paulo

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, e confirmam que a destruição da floresta cresceu cerca de 10% em relação ao mesmo mês de 2019, atingindo o maior número de quilómetros quadrados destruídos num único mês.

Esta situação agrava-se no mesmo momento em que o Exército brasileiro foi colocado na Amazónia para combater ações de desflorestações, numa operação com o nome de Verde Brasil 2. Os resultados são os opostos aos declarados pelo governo de Bolsonaro. Em comparação com 2018, a desflorestação provocada este mês de junho cresceu 112%, e mais 70% quando comparado com 2017. No total, em 2019 foram destruídos mais de 10 mil quilómetros quadrados de floresta na Amazónia.

Bolsonaro reagiu às críticas sobre a desflorestação no início desta semana, considerando-as “opiniões distorcidas” e afirmando que iria estabelecer diálogo para “expor as ações que temos tomado em favor da floresta amazônica e do bem-estar das populações indígenas”. No entanto, esta sexta-feira vetou uma lei que garantia o acesso dos povos indígenas a cuidados de saúde para lidar com a pandemia do Covid-19. 

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