Cientistas do grupo norte-americano Scripps Research Institute, descobriu que uma família muito potente que se desenvolveu num doente infetado com o VIH (PGT1221) neutralizava não só 80 por cento de todas as variantes do vírus que existem nos seres humanos mas também o vírus que infetava o doente.
Este facto significa que “uma família de anticorpos poderia adaptar-se rapidamente às constantes modificações do vírus, o que nos dá esperança de que o sistema imunitário humano é capaz de controlar a infeção”, disse à Lusa Fernando Garcês Pereira.
Após esta descoberta a equipa liderada por este cientista tem agora um novo desafio que é o de “saber como esses anticorpos, produzidos nas células B evoluíam no organismo em contato com o vírus que está em constante mutação para escapar à ação do sistema imunitário”, sublinhou.
Com recurso a técnicas da biologia estrutural, os investigadores obtiveram imagens moleculares tridimensionais, de resolução atómica da evolução de anticorpos em contato com o VIH com o intuito de chegarem a uma “forma eficiente” de neutralizar o vírus.
Os resultados desta investigação forma publicados esta semana na revista Immunity