Em comunicado de imprensa, a procuradoria federal belga anunciou que quatro pessoas foram presas após serem indiciadas por um juiz de instrução de Bruxelas por "pertencerem a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção". De acordo com a agência de notícias France Presse, Eva Kaili figura entre os detidos.
No documento é esclarecido que “suspeita-se do pagamento de avultadas quantias em dinheiro ou da oferta de presentes significativos a terceiros com posição política e/ou estratégica que permita, no seio do Parlamento Europeu, influenciar as decisões” desta instituição.
Na noite de sábado, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, informou que Eva Kaili foi destituída de todas as tarefas que lhe foram delegadas, incluindo a de representar Metsola no Médio Oriente.
A par de Eva Kaili, detida em flagrante delito, na sexta-feira, em Bruxelas, também o seu marido e ex-deputado, António Panzeri, ficará em prisão preventiva. Já o pai da vice-presidente do Parlamento Europeu, apanhado à saída de um hotel, em Bruxelas, a transportar uma mala de notas, foi libertado este domingo. O Ministério Público belga também decretou prisão preventiva para um assistente parlamentar e um membro de um grupo de lóbi.
As acusações, anunciadas este domingo, ocorreram dois dias após a polícia ter promovido buscas em 16 propriedades em Bruxelas e apreendo computadores, telemóveis e 600.000 euros.
Recentemente, Eva Kaili, eurodeputada do partido social-democrata grego Pasok, que atua como um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu, afirmou que o Qatar é um "pioneiro nos direitos dos trabalhadores".
