Guillermo Fariñas estava em greve da fome para pedir a libertação de 26 presos políticos, desde a morte de Orlando Zapata, em 24 de Fevereiro passado.
Após o anúncio de que o Governo cubano irá libertar 52 presos políticos, detidos desde 2003, Fariñas abandonou o protesto, depois de ter recebido a visita do bispo de Santa Clara, Arturo Gonzalez Amador, e após vários apelos para que parásse.
Laura Pollán, o principal rosto das Damas de Branco, mães e mulheres de presos políticos, tinha-lhe enviado a mensagem: “Acredite um pouco. Pare a greve, que é mais valioso vivo do que morto”.
A libertação dos 52 presos políticos, 5 em breve e 47 dentro de 3 ou 4 meses, foi alcançada após uma longa reunião de seis horas entre o Ministro de Espanha dos Negócios Estrangeiros, Miguel Moratinos, o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, e Rául Castro.
Com esta decisão, o governo cubano espera conseguir mudanças na atitude da União Europeia e nas suas relações com Cuba, o que foi prometido nas declarações de Moratinos.