Cuba: Fariñas abandona greve da fome

09 de julho 2010 - 2:27

Guillermo Fariñas parou o protesto, depois da Igreja Católica ter anunciado que o Governo cubano irá libertar 52 presos políticos, após uma reunião de mais de seis horas entre Raúl Castro, Miguel Moratinos e o arcebispo de Havana.

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Guillermo Fariñas estava em greve da fome desde a morte de Orlando Zapata

Guillermo Fariñas estava em greve da fome para pedir a libertação de 26 presos políticos, desde a morte de Orlando Zapata, em 24 de Fevereiro passado.

Após o anúncio de que o Governo cubano irá libertar 52 presos políticos, detidos desde 2003, Fariñas abandonou o protesto, depois de ter recebido a visita do bispo de Santa Clara, Arturo Gonzalez Amador, e após vários apelos para que parásse.

Laura Pollán, o principal rosto das Damas de Branco, mães e mulheres de presos políticos, tinha-lhe enviado a mensagem: “Acredite um pouco. Pare a greve, que é mais valioso vivo do que morto”.

A libertação dos 52 presos políticos, 5 em breve e 47 dentro de 3 ou 4 meses, foi alcançada após uma longa reunião de seis horas entre o Ministro de Espanha dos Negócios Estrangeiros, Miguel Moratinos, o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, e Rául Castro.

Com esta decisão, o governo cubano espera conseguir mudanças na atitude da União Europeia e nas suas relações com Cuba, o que foi prometido nas declarações de Moratinos.