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“CP tem de assumir responsabilidade para com trabalhadores dos bares dos comboios”

Catarina Martins esteve esta segunda-feira na estação da Campanhã em solidariedade com a luta dos trabalhadores da concessionária Apeadeiro2020, que gere os bares de comboios da CP – Comboios de Portugal, E.P.E. (CP). Lembrando que a empresa não paga salários e não cumpre as suas obrigações, a dirigente bloquista defendeu que a CP “tem de assumir a sua responsabilidade”.
Sublinhando que estamos a par de uma situação que “é do ponto de vista laboral e económico inaceitável e do ponto de vista social de uma enorme violência”, Catarina referiu que o Bloco está solidário com os trabalhadores na “exigência de uma solução rápida” por parte da CP, que deve assumir os compromissos e pagar os salários.
A coordenadora do Bloco alertou que “a concessão serve para o Estado pagar mal” e para se “desresponsabilizar pelas condições de trabalho” e enfatizou que “quem trabalha na CP tem de ter contrato na CP”.
Neste contexto, o Bloco requereu uma audição, com carácter de urgência, do Ministro das Infraestruturas, João Galamba, da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) e do Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal, E.P.E. (CP), sobre a situação dos trabalhadores dos bares dos comboios da CP.
No documento, o Bloco recorda que os cerca de 130 trabalhadores dos bares dos comboios da CP encontram-se, novamente, numa situação de grande incerteza, uma vez que a atual concessionária informou os trabalhadores de que os salários de fevereiro não serão pagos e que irá apresentar um Plano Especial de Revitalização (PER).
“Mais, a concessionária da CP, já no passado mês de janeiro não pagou pontualmente os salários aos seus trabalhadores, em virtude de uma penhora de saldos bancários ordenada pelo Estado. Estes trabalhadores receberam tardiamente o salário do mês de janeiro, não receberam o salário do mês de fevereiro e veem – novamente - os seus postos de trabalho em causa”, lê-se no requerimento.
Para o Bloco, “a situação - que não é nova - decorre diretamente da atuação da CP e do Governo nesta matéria”, já que “a condução deste processo, por parte da CP e do Governo, tem negligenciado consecutivamente a situação laboral destes trabalhadores, quando tinha a obrigação inversa de garantir que todos os postos de trabalho são assegurados e os direitos destes trabalhadores garantidos”.
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