Catarina Martins acusou ainda o Governo PSD/CDS-PP de "uma manobra de propaganda", ao "aumentar nove cêntimos por dia as pensões de 250 euros", o que é um "ataque à dignidade das pessoas, de quem trabalhou toda a vida e deve ter direito a ser tratado condignamente na velhice".
"Os portugueses trabalham e pagam impostos de acordo com os seus rendimentos. Quem não paga impostos é o rendimento do capital. Quem trabalha paga proporcionalmente. Quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos. Assim se faz o Estado Social e a solidariedade em todas as etapas da vida. Quem hoje recebe uma pensão contribuiu toda uma vida de trabalho para essa pensão", salientou a coordenadora do Bloco, segundo a agência Lusa.
Catarina Martins frisou que "o Estado Social não é caro, nem ineficiente" e elogiou o trabalho do Centro Social de São Vicente de Paulo, junto de idosos, crianças e deficientes, pelas suas características de ser "muito enraizada no Bairro da Serafina". A deputada referiu ainda que as Instituições Particulares de Solidariedade Social "sentem-se cada vez mais desapoiadas e sem qualquer resposta por parte do Estado e do ministro".
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda faz nesta quarta-feira uma interpelação ao Governo sobre políticas sociais.