A Câmara Municipal de Lisboa viabilizou por unanimidade a solução do Bloco de Esquerda para a Academia de Amadores de Música. A histórica instituição ia ser despejada no final do verão, mas a solução mandata CML a assumir a posição contratual da Academia junto do proprietário e a renegociar as rendas em atraso.
Isso permitirá que a escola de música se mantenha na casa onde está há mais de 70 anos. A decisão implica também que a Câmara Municipal de Lisboa a estudar o exercício do direito de preferência para comprar as instalações, se essa situação se vier a colocar.
Segundo a vereação do Bloco de Esquerda em Lisboa, a Câmara “em todas as condições para implementar esta proposta”, uma vez que “tem dado apoios de 7 milhões de euros à Web Summit, 3 milhões ao Rock in Rio, 2 milhões ao Kalorama”. Em comunicado, o partido explica que “apenas um desses apoios milionários anuais a situação da AAM ficaria sanada para sempre”, considerando que “não falta dinheiro em Lisboa, Carlos Moedas é que o usa mal”.
A proposta do Bloco de Esquerda, com o título “por uma solução para a Academia de Amadores de Música”, considera que a Academia se tornou “um espaço icónico na prática e no ensino da música em Lisboa , sendo reconhecida como um ponto de referência cultural e educativo”.
O Bloco de Esquerda em Lisboa já acompanha a luta da Academia de Amadores de Música desde que ela se colocou. A vereadora Beatriz Gomes Dias por várias vezes chamou a atenção ao Executivo de Carlos Moedas para o problema da instituição histórica em Lisboa.
A candidata à Câmara Municipal de Lisboa pelo partido, Carolina Serrão, também participou na última manifestação em defesa da instituição, no Largo do Município, na passada terça-feira.