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CGTP: Programa Impulso Jovem promove o “embaratecimento salarial”

A intersindical considera que o programa que entra em vigor esta quarta feira, e que tem sido anunciado pelo governo como um importante instrumento de combate ao desemprego jovem, promove a precarização e permite às empresas usufruir de “trabalho quase gratuito”.
Foto de Paulete Matos.

"O objetivo [do ‘impulso Jovem’] é o de precarizar o emprego e promover o embaratecimento dos custos com o trabalho, disponibilizando às empresas trabalho quase gratuito ou com salários muito baixos aproveitando a real e grave situação de muitos jovens, muitos dos quais com boas qualificações”, adianta a CGTP num comunicado citado pela agência Lusa.

Já as medidas do ‘Passaporte Emprego’, “não se configuram”, segundo a intersindical, “como verdadeiros instrumentos de apoio à inserção dos jovens no mercado de trabalho” e, tal como se apresentam, “são apenas mais uma forma de exploração do trabalho de jovens qualificados”, uma vez que as bolsas pagas são de “valor reduzido”.

Nesse sentido, a CGTP “discorda frontalmente de medidas como estas que apenas visam mascarar o desemprego e remeter os desempregados para ocupações precárias e mal pagas, num permanente círculo vicioso entre estágios, trabalho precário e desemprego”.

O Impulso Jovem 2012, aprovado a 06 de junho em Conselho de Ministros, só pretende apoiar 89 mil jovens desempregados, dos 380,1 mil contabilizados pelo INE, e permite que uma empresa despeça um trabalhador para o substituir por um estagiário, a quem é oferecido um estágio de 6 meses. O estágio é remunerado a 419,22€, no caso de jovens sem o secundário concluído, a 524,03€ com o secundário e a 691,71€ quando os jovens usufruem de uma licenciatura/mestrado.

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