A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou “absolutamente inaceitável” que o Governo tenha usado um mecanismo contabilístico para dar a volta ao parlamento.
“Em primeiro lugar, o Bloco de Esquerda tinha razão quando disse a Mário Centeno que o que tinha sido prometido à Lone Star era uma garantia pública e que iriam ficar com o dinheiro todo”, sublinhou Catarina Martins.
A coordenadora bloquista criticou, em segundo lugar, o Governo, “que não esgotou as verbas para o SNS foi utilizar um mecanismo contabilístico para dar a volta ao parlamento e colocar dinheiro no Novo Banco que o parlamento tinha dito que não podia ser colocado”.
“Acho isto absolutamente inaceitável. Um país deve ter prioridades e a prioridade deve ser o Serviço Nacional de Saúde”, afirmou ainda, notando que o Governo “não respeitou o parlamento”.
Por fim, Catarina Martins frisou que o Governo “também não respeitou o parlamento para pôr mais dinheiro no Novo Banco depois do parlamento já ter demonstrado que a Lone Star estava a fazer uma gestão que lesa o interesse público, lesa os cofres públicos, gerando imparidades de curto prazo para poder ir buscar mais dinheiro ao fundo de resolução”.
Catarina Martins respondia aos jornalistas, que a questionaram sobre a finta do ministro João Leão ao parlamento que injetou no Novo Banco 317 milhões de euros, apesar da oposição decidida pelo parlamento, com os votos de Bloco, PSD, PCP e PAN.