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Campanha contra a precariedade na EDP

5.000 precários no grupo EDP “asseguram áreas fundamentais” mas estão contratados por empresas prestadoras de serviços há muito. Os sindicatos saem agora às ruas e fazem uma petição para os integrar nos quadros.
Precários da EDP. Foto da Fiequimetal.

Está em curso a campanha “Também somos EDP”. Implementada pelos sindicatos SITE Norte, SIESI, SITE CSRA e SITE Centro-Norte, pertencentes à Fiequimetal, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas da CGTP. A exigência é que 5.000 trabalhadores sejam integrados nos quadros “com os salários e direitos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho do grupo”, escreve em comunicado esta estrutura sindical.

Um plenário dos trabalhadores contratados pela EGOR para fazer a telecontagem para a E-Redes, no passado dia 18, junto do edifício Altice, no Porto, foi o ponto de partida desta campanha. Ao longo desta percorrer-se-á o país em centros de contacto como o de Seia, Lisboa e Elvas, que foram entregues pela EDP a empresas prestadoras de serviços como a Randstad, Manpower e EGOR.

Nessa ação, em declarações à TVI, uma das trabalhadoras, Mara Martins, explicou que trabalha para a E-Redes, assim como os colegas, há cerca de 12 anos, que nunca foram aumentados e que, pelo contrário, quando passa “de empresas para empresas” ainda tentam diminuir o que ganham.

No âmbito da sua campanha, os trabalhadores estão a recolher assinaturas num abaixo-assinado que “assumirá também a forma de petição, dirigida ao Governo e à Assembleia da República”. Garantem que estes precários “asseguram áreas fundamentais do Grupo EDP” e “efetivamente” trabalham para as empresas deste.

Entretanto, os trabalhadores reclamam uma “primeira vitória” dos trabalhadores da telecontagem. De acordo com a Fiequimetal, nota-se “um recuo nas pressões patronais” e “como não tem havido voluntários para trabalhar ao sábado, nas condições que a empresa pretendia impor” a EGOR terá passado a informação “de que, afinal, já não é preciso chamar pessoas para esse horário”. Assinala-se ainda que “nos últimos meses, a sindicalização neste local de trabalho aumentou significativamente e foi criada estrutura, com a eleição de uma delegada sindical”.

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