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Câmara do Porto fecha Stop, 500 músicos ficarão sem estúdios

A Câmara Municipal do Porto considera que o edifício do antigo Centro Comercial Stop tem problemas estruturais que impossibilitam o seu uso. Ao Jornal de Notícias, fonte da autarquia diz que “o relatório de inspeção já está concluído pelo Regimento dos Sapadores Bombeiros” e que haverá agora uma avaliação da Proteção Civil.
Rui Moreira, presidente deste município, confirma que o espaço terá de encerrar porque não há dinheiro para fazer a intervenção que seria necessária para o reabilitar.
O Centro Comercial é usado desde os anos 90 como estúdio e sala de ensaio por perto de 500 músicos. A Câmara apresenta como alternativa a este espaço o uso dos pisos superiores de um silo automóvel mas estes rejeitam esta possibilidade. Rui Guerra, o diretor da Associação Cultural dos Músicos do Stop, confirma que foi apresentada esta proposta mas diz que “foi uma ideia falada de forma muito vaga e não muito pensada” e que “está fora de hipótese ir para lá. As obras que seriam feitas no parque de estacionamento também podiam ser feiras no Stop. Mas é extremamente caro transformar o local e não acho que tenha espaço para todos os artistas”.
Outro dos utilizadores do espaço, Anselmo Canha, co-fundador dos Repórter Estrábico, concorda, sublinhando que a proposta do silo automóvel “é um absurdo” e que “o movimento artístico do Stop nasceu a recuperar um espaço que não era válido”. Para ele, o problema do barulho, um dos que mais tem sido apontado pela vizinhança, só se vai agravar com o fecho do antigo Centro Comercial porque “os artistas vão espalhar-se pela cidade e provocar problemas por todo o lado, porque vão fazer barulho em mais sítios”.
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