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Bónus da presidente da TAP pode ultrapassar dois milhões de euros

Se a TAP cumprir os objetivos do plano de restruturação, o contrato de Christine Ourmières-Widener inclui um bónus milionário. "As desigualdades são um veneno para a democracia", critica Mariana Mortágua.
Christine Ourmières-Widener no Parlamento a 18 de janeiro. Foto José Sena Goulão/Lusa

Quando esteve no Parlamento a 18 de janeiro, a presidente da TAP confirmou aos deputados que o seu contrato incluía um prémio em caso de cumprimento dos objetivos do plano de restruturação da empresa. Mas não quis divulgar o seu valor. A edição deste domingo do Correio da Manhã diz que o bónus corresponde a cerca 80% da remuneração anual de Christine Ourmières-Widener - 504 mil euros brutos anuais - e é calculado todos os anos, em função dos objetivos definidos para esse ano.

Se esses objetivos forem ultrapassados, o prémio poderá ser superior a dois milhões. E se os objetivos não forem cumpridos nos quatro primeiros anos mas apenas no quinto, a presidente da TAP recebe à mesma um bónus correspondente a esse ano, o que andaria à volta dos 400 mil euros, nas contas do jornal. O contrato de Christine Ourmières-Widener é de cinco anos e termina e junho de 2026.

Nas redes sociais, a deputada bloquista Mariana Mortágua reagiu assim à notícia: "A CEO da TAP vai receber 2 milhões, para além do salário milionário, para fazer o seu trabalho?! Os professores fazem o seu trabalho todos os dias e o Governo nem lhes devolve o tempo de serviço. As desigualdades são um veneno para a democracia", conclui.

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