Bloco questiona Governo sobre nomeação para CGD

25 de junho 2013 - 19:41

O deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares questionou esta terça feira o Governo sobre a nomeação para a administração executiva da CGD de João Coutinho, que participou neste órgão durante seis meses em 2004, tendo saído do banco com uma indemnização entre os 500 mil e os 800 mil euros.

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Foto de Paulete Matos.

“Segundo informações divulgadas pela comunicação social, o ex-administrador agora proposto para integrar a comissão executiva participou neste órgão durante seis meses em 2004, tendo sido exonerado pelo Ministro Bagão Félix, aquando do conflito na administração partilhada entre Mira Amaral e António de Sousa. A administração seguinte, nomeada pelo ministro das finanças do Governo de Santana Lopes, e liderada por Vítor Martins, terá atribuído a João Coutinho uma indemnização entre os 500 mil e os 800 mil euros”, lembra o líder parlamentar do Bloco.

Segundo Pedro Filipe Soares, e “acompanhando as preocupações levantadas pela Comissão de Seleção e Recrutamento da Administração Pública (CRESAP)”, que apontou a indemnização recebida pelo administrador “como uma 'questão ética' a ser levada em consideração pela tutela", o governo deve prestar esclarecimentos sobre esta nomeação. 

Em causa está, nomeadamente, “por que razão não considera o Governo esta uma questão ética a ser levada em conta na decisão de nomeação” e “de que forma irá a tutela acautelar as preocupações éticas manifestadas pela CRESAP relativamente à nomeação de João Coutinho”.

Após ter saído da CGD, João Moutinho integrou, segundo noticia o jornal Público, a comissão executiva do Barclays Portugal, saindo em fevereiro deste ano, antes de o Barclays Londres ter decretado o afastamento da equipa de Peter Mottek, responsável pela divisão portuguesa, por alegadas más práticas.

O ex administrador da CGD afirmou, em declarações ao Público, que já não tem “ideia exata” do valor que recebeu de indemnização, tendo o mesmo sido “calculado pela CGD e nos termos em que a CGD entendeu fazê-lo e de acordo com a lei que, na altura, regulava essas questões".

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