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Bloco questiona administração de ritalina a crianças com hiperatividade

A prescrição de medicamentos para a hiperatividade tem aumentado e pode “estar a colocar em risco” o desenvolvimento de milhares de crianças, adolescentes e jovens”. O Bloco propõe que seja elaborado “um estudo epidemiológico sobre a prevalência/incidência da perturbação de hiperatividade com défice de atenção em idade escolar e também na população adulta”.
O Bloco de Esquerda questionou o governo sobre a administração de Metilfenidato (Ritalina) e Atomoxetina (Strattera) a crianças e adolescentes com perturbação de hiperatividade com défice de atenção - Foto wikimedia

O Bloco de Esquerda questionou o governo sobre a administração de Metilfenidato (Ritalina) e Atomoxetina (Strattera) a crianças e adolescentes com perturbação de hiperatividade com défice de atenção. (aceda ao texto da pergunta na íntegra)

Na pergunta, o Bloco salienta que “a administração destes fármacos a crianças e adolescentes há muito que está envolta em opiniões divergentes, como seja nos Estados Unidos da América onde esta medicação já se encontra disponibilizada há mais de 50 anos” e que “o próprio diagnóstico de perturbação de hiperatividade com défice de atenção tem vindo a ser alvo de controvérsia”.

O partido considera que “este contexto suscita diversas questões que carecem de estudo e intervenção”, que “é premente conhecer-se a incidência/prevalência da perturbação de hiperatividade com défice de atenção em Portugal, através da realização de um estudo epidemiológico” e que “há múltiplas evidências que a dimensão e consequências desta realidade na sociedade portuguesa tem sido subestimada e esquecida, apesar de ela poder estar a colocar em risco o desenvolvimento harmonioso de milhares de crianças, adolescentes e jovens”.

Considerando que “ignorar é o pior que se pode fazer”, o Bloco aponta que perante um problema tão complexo e controverso, se exige “aos responsáveis políticos” muito mais, sendo necessário “conhecer melhor” o problema, “recusar facilitismos e trabalhar para desenvolver as soluções necessárias”.

Assim, o Bloco pergunta ao governo, nomeadamente, “quantas embalagens de Metilfenidato foram vendidas em 2013, 2014 e até ao momento, em 2015”, se “tem dados sobre quantas pessoas estarão diagnosticadas com perturbação de hiperatividade com défice de atenção” e “quantas são crianças e adolescentes”.

O Bloco pergunta ainda se o governo está disponível para elaborar “uma norma de orientação clínica (NOC) para a prescrição de Metilfenidato e Atomoxetina” e “um estudo epidemiológico sobre a prevalência/incidência da perturbação de hiperatividade com défice de atenção em idade escolar e também na população adulta”.

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