Ferrovia

Bloco diz que é urgente reintegrar Viseu na rede ferroviária

19 de abril 2025 - 10:08

Para o partido, levar o comboio a Viseu é reequilibrar o país, combater o isolamento, enfrentar a crise climática e garantir que ninguém é deixado para trás.

PARTILHAR
Comboio em Varais, Viseu, em 2013.
Comboio em Varais, Viseu, em 2013. Foto de Nelso Silva/Flickr.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, o Bloco de Esquerda de Viseu defende a ligação ferroviária, sublinhando que tem havido “várias promessas” ao longo dos anos mas que Viseu continua a ser das poucas capitais de distrito sem comboios.

O documento lembra que “desde o encerramento das Linhas do Dão e do Vouga, a cidade ficou dependente da rodovia, com prejuízos evidentes para a mobilidade, o ambiente e o desenvolvimento regional”.

Critica-se ainda que no último Conselho de Ministros antes da moção de confiança, o executivo tenha metido “o comboio para Viseu na gaveta”, deixando cair ainda o TGV Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca”.

Questionando “por quanto mais tempo se vai continuar a empurrar o interior para segundo plano”, a estrutura distrital do partido considera que “a ferrovia não é apenas uma infraestrutura”. Sendo igualmente “uma ferramenta de igualdade, de justiça social e ambiental”.

Defende-se portanto “que quem vive em Viseu tem os mesmos direitos à mobilidade, ao emprego, à educação e à cultura” e recusa-se “a ideia de que o desenvolvimento pertence apenas aos grandes centros urbanos”.

A conclusão é que “num tempo de emergência climática, continuar a apostar no transporte rodoviário e ignorar a ferrovia é insistir num modelo insustentável”. Pelo que “reintegrar Viseu na rede ferroviária é uma decisão urgente para reequilibrar o país, combater o isolamento, enfrentar a crise climática e garantir que ninguém é deixado para trás”.

O Bloco apresenta propostas como recuperar o projeto da linha Aveiro–Viseu–Guarda-Vilar Formoso, que o governo de Luís Montenegro meteu na gaveta, antecipando a data que estava prevista para 2050; ligar todos os concelhos através de uma rede de transportes públicos articulada à ferrovia; acelerar a modernização das linhas da Beira-Alta e do Douro; criar um passe único, válido para todos os transportes públicos, rodoviários e ferroviários.