No dia 18 de fevereiro, um conjunto de alunos do Liceu Camões participou num debate online sobre “A Influência da Escravatura no Sistema e o Racismo Institucional”, organizado pela Associação de Estudantes desta instituição de ensino, em colaboração com “A Fonte”, uma rede de alunos africanos na diáspora.
De acordo com o jornal Público, pouco depois do início do debate, a sessão foi invadida por diversas pessoas com “ataques racistas e neonazis, imagens de suásticas e de pessoas negras violentadas a ocupar o ecrã e vozes em inglês a dizer ‘preto volta para África’, ‘preto cala-te’ ou a imitar o som de macacos”.
Nenhuma das pessoas que invadiu a sessão se identificou: os ataques foram feitos com a câmara desligada ou com o rosto encoberto.
A direção do Liceu Camões enviou já uma queixa ao Ministério Público. Em comunicado, citado pelo Público, a direção da escola afirma que “a comunidade educativa tem vindo a expressar, sobre múltiplas formas, o seu repúdio por este ato cobarde e racista” acrescentando que a direção da escola está a discutir estratégias para “prevenir e evitar a entrada de pessoas estranhas com ações intencionais de discriminação” e garantiu que irão continuar a apoiar e a criar as necessárias “condições para a realização das várias sessões programadas pela” associação de estudantes.