As associações de imigrantes reuniram este sábado sobre os problemas causados pelo Governo de direita ao acabar com as manifestações de interesses, o mecanismo que permitia a regularização de imigrantes no país.
Timóteo Macedo, dirigente da Associação Solidariedade Imigrante, explicou à Lusa que uma das conclusões do encontro foi a exigência de que o primeiro-ministro os receba “devido à importância que a imigração tem neste momento” para que oiça de viva voz as complicações causadas.
No próximo dia 14 de agosto está já agendada uma reunião mas para os receber o governo reserva apenas um assessor do primeiro-ministro. As associações, que foram já recebidas pelo Presidente da República, que lhes terá dito que ia “fazer pressão” para que a manifestação de interesse regresse, exigem que Luís Montenegro faça o mesmo.
Recorde-se que o dispositivo legal foi anulado a 04 de junho. O dirigente da Solim explica que “devido à retirada dos artigos, coloca-se na clandestinidade e nas entidades patronais sem escrúpulos, milhares de trabalhadores. As pessoas são votadas ao abandono, à clandestinidade. Ficam sem direitos”.
O fim abrupto de “um mecanismo que regularizava as pessoas de uma forma que estava a ter sucesso”, há 17 anos, sem qualquer alternativa fez, de acordo com Timóteo Macedo “as pessoas ficarem completamente desorientadas e sem saber a quem recorrer”.
Agora, estes coletivos sentem que é altura de “agir antes que as coisas piorem”. Para esse efeito, está já marcada nova reunião a 24 de agosto para continuar a “aprofundar a discussão” e “discutir novas formas de luta”.