Artistas pedem fim do cerco de Israel a Gaza em plena crise da covid-19

14 de maio 2020 - 15:49

Artistas portugueses e internacionais, entre eles Sérgio Godinho e Patrícia Portela, apoiam também a exigencia da Amnistia Internacional pelo embargo militar a Israel. Com a pandemia, os habitantes de Gaza "enfrentam uma ameaça mortal na maior prisão ao ar livre do mundo”, afirma a carta aberta.

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Artistas pedem fim do cerco à Palestina
Foto de Enric Borrás | Flickr

O apelo feito pela Amnistia Internacional foi assinado por mais de 240 figuras da cultura nacionais e internacionais, entre eles Sérgio Godinho, Patrícia Portela, Viggo Mortensen Jr, Naomi Klein e Tom McCarthy, e pede o fim do cerco de Israel a Gaza que impede a entrada de medicamentos e material médico, pessoal e ajuda humanitária fundamental. 

Hoje, dia 14 de maio, cumprem-se dois anos dos atiradores israelitas mataram sessenta civis palestinianos quando realizavam a Grande Marcha do Retorno que acontece todos os anos por esta altura e que agora estão suspensas por causa da covid-19. 

Na carta aberta, pode ler-se que “muito antes do surto mundial do COVID-19 ameaçar sobrecarregar o já devastado sistema de saúde em Gaza, a ONU previu que a faixa costeira cercada seria inviável até 2020. Com a pandemia, os quase dois milhões de habitantes de Gaza, predominantemente refugiados, enfrentam uma ameaça mortal na maior prisão ao ar livre do mundo”. 

Antes da crise sanitária do novo coronavírus, os hospitais da Palestina já se encontravam num ponto de rutura devido ao bloqueio de Israel. Muitos dos palestinianos feridos acabavam por serem amputados devido à falta de material médico para resolver estes problemas. 

Os subscritores pedem que “a todos os governos do mundo para imporem um embargo militar a Israel até que este cumpra com todas as suas obrigações à luz do direito internacional. Reconhecemos que os direitos garantidos aos refugiados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos também devem ser aplicados aos refugiados palestinianos”.