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“Apoio às empresas deve ter como contrapartida a proibição dos despedimentos”

Para o Bloco de Esquerda as medidas anunciadas pelo Governo, em relação à economia nacional, são positivas, mas insuficientes. “Todas as medidas para ajudar a produção e as empresas devem ter como contrapartida a proibição dos despedimentos”, sublinha ainda Mariana Mortágua.
Mariana Mortágua afirmou: “a proteção do emprego é o que determinará a robustez da economia portuguesa e a situação social que teremos em Portugal depois deste período”
Mariana Mortágua afirmou: “a proteção do emprego é o que determinará a robustez da economia portuguesa e a situação social que teremos em Portugal depois deste período”

Mariana Mortágua fez, esta tarde, uma declaração política (ver vídeo abaixo) sobre as medidas de apoio às empresas e à Economia, anunciadas esta quarta-feira pelos ministros da Economia e das Finanças.

A deputada bloquista começou por destacar a importância das medidas que contenham o novo coronavírus e sublinhando também que é necessário proteger o emprego e a produção nacional.

Alertando que neste momento já estão a existir despedimentos em Portugal, Mariana Mortágua frisou: “A proteção que fizermos agora da produção e do emprego, as medidas que formos capazes de tomar agora para proteger a nossa economia são aquelas que irão determinar no final deste período de exceção, qual é o tamanho da crise e quais são as consequências”.

Considerando a urgência de medidas que protejam o emprego, a produção nacional e a economia, a deputada afirmou que o Bloco regista “como positivas as medidas que foram anunciadas pelos ministros das Finanças e da Economia”.

“Entretanto, entendemos também que elas são insuficientes, face aquilo que foi feito noutros países. As medidas anunciadas em Portugal não chegam a 5% do PIB. Na Alemanha as medidas equivalem a 15% do PIB, em países como Espanha e França também têm percentagens muito superiores ao PIB. São pacotes mais robustos de financiamento e de ajuda à economia”, afirmou Mariana Mortágua.

A deputada apontou a necessidade de “alargar as linhas de financiamento garantidas pelo Estado”, “linhas que garantam que as empresas garantem a produção nacional”.

Mariana Mortágua apontou também a necessidade de subsídios à produção, “não linhas de financiamento, mas subsídios que apoiem a produção nacional e que garantam que Portugal mantém o seu sistema produtivo em funcionamento”.

A deputada destacou também a necessidade de apoiou aos serviços públicos e de proteger as empresas estratégicas.

Todas as medidas para ajudar a produção e as empresas devem ter como contrapartida a proibição dos despedimentos.

Haver ou não despedimentos é o que vai dizer se a crise amanhã é maior ou menor”

Considerando por fim que “a proteção do emprego é o que determinará a robustez da economia portuguesa e a situação social que teremos em Portugal depois deste período”, Mariana Mortágua defendeu: “Por isso, achamos que é tão importante que todas as medidas de apoio às empresas e à economia tenham como contrapartida a proibição dos despedimentos”.

A deputada anunciou também a disponibilidade do Bloco de Esquerda para aprovar um Orçamento Retificativo na Assembleia da República”.

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