Ambientalistas defendem emissões zero nos carros vendidos em 2030

12 de outubro 2016 - 23:02

A associação Zero apela aos partidos para que se comprometam com a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e gasóleo em 2030.

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Foto Kārlis Dambrāns/Flickr

A Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável quer que os governos e partidos portugueses "decidam desde já marcar fortemente a agenda de descarbonização de Portugal, através de uma decisão que conduza à proibição em 2030 da venda de automóveis novos que não tenham emissões locais iguais a zero”, afirmou a associação em comunicado.

Este objetivo seguiria o exemplo dado pelos parlamentos holandês, norueguês e alemão, que recomendaram o mesmo objetivo a concretizar em 2025 na Holanda e Noruega, e em 2030 na Alemanha.

Um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente calcula que haverá meio milhão de veículos elétricos a circular na Europa no final deste ano, depois das vendas terem duplicado no ano passado, passando a deter ainda apenas 1% da fatia de mercado.

O setor dos transportes é responsável or cerca de um quarto das emissões de dióxido de carbono em Portugal, e sem resolver esse problema será impossível lutar contra as alterações climáticas. Apesar disso, a venda de automóveis elétricos representa apenas 0,7% dos automóveis novos vendidos no nosso país.

Para contrariar esta realidade, a Zero propõe para o próximo Orçamento do Estado  mais incentivos fiscais, fazendo regressar o apoio ao abate de automóveis com aquisição de veículos elétricos a 4500 euros e benefícios no IRS dos contribuintes.

Quercus quer mais veículos elétricos nas frotas públicas e privadas

Para os ambientalistas da Quercus, também citados pela Lusa, a mobilidade elétrica "poderá e deverá ser uma das soluções para resolver os problemas de qualidade do ar e ruído nas áreas urbanas”, devendo o seu uso ser promovido enquanto "meio de transporte individual, mas também ao nível das frotas públicas e privadas".

A tendência crescente da venda de veículos elétricos e híbridos em Portugal é ”um sinal de que os portugueses estão a aderir cada vez mais a esta forma de mobilidade sustentável”, acrescenta a associação, apontando como os maiores obstáculos a essa adesão “o preço de venda e a autonomia dos veículos”.