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Alojamento universitário vive situação de “alarme”

O reitor da Universidade de Lisboa considera que se vive uma situação de “alarme” no alojamento universitário. Declarações surgiram no mesmo dia em que se sabe que o custo médio de um quarto na capital ronda os 367 euros.
Alojamento universitário vive situação de “alarme”
Reitoria da Universidade de Lisboa. Foto retirada do site manda-te.com

António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, onde defendeu que o problema do alojamento universitário afasta muitos potenciais estudantes do ensino superior.

Cruz Serra considera que isto acontece pois as famílias não têm capacidade de suportar os custos associados, mais concretamente o arrendamento de quartos, face à escassez de oferta em residências públicas.

Segundo a agência Lusa, o reitor defendeu que a questão não se resolve com “concessões a privados, que manterão os preços altos”, sendo antes necessário “inundar o mercado” com residências públicas.

O deputado bloquista Luís Monteiro, presente na audição, subscreve esta posição, considerando que a solução para o problema não passa por parcerias público-privadas, sendo “importante que sejam também reitores a insurgir-se contra algumas dessas ideias peregrinas”.

Estas declarações foram feitas no mesmo dia em que a plataforma Uniplaces revelou que o valor médio pago pelos estudantes para arrendamento de um quarto, em casa partilhada, na cidade de Lisboa situou-se nos 367 euros durante o trimestre que antecedeu o início do ano letivo 2018/2019. Já na cidade do Porto, a renda média para o arrendamento de um quarto privado em casa partilhada foi de 284 euros.

Na mesma audiência, o reitor da Universidade de Lisboa defendeu a possibilidade de as universidades poderem fazer ajustes diretos na contratação de projetos de arquitetura para residências universitárias. 

“É preciso agilizar o processo, com o controlo que quiserem”, disse o reitor aos deputados. “Não nos podemos dar ao luxo de atrasar a construção de residências”.

Sobre a redução das propinas a partir do próximo ano letivo, Cruz Serra afirma apoiar “totalmente a redução as propinas e congelamento, até podem pô-las a zero”, defendendo que este congelamento deve ser acompanhado por um reforço dos meios do ensino superior.

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