No dia 19 de setembro começa a primeira edição do Festival Alecrim, em Lisboa, no Jardim da Estrela. A iniciativa parte do coletivo Alecrim – Arte e Ativismo Climático em colaboração com a Casa do Jardim da Estrela e abre ao público quatro dias de concertos, debates, performances e workshops com o objetivo de pensar crise climática.
Entre os temas debatidos estão as experiências de ativismo climático em Portugal, da proteção dos ecossistemas marinhos às mobilizações estudantis de 2019. Mas há também debates sobre a importância dos media face à urgência climática, sobre como mudar imaginários sobre a crise ecológica que vivemos e sobre o papel dos agentes culturais na abordagem à crise climática.
Os workshops são dedicados à junção entre práticas artísticas e ativismo climático. Por isso, juntam-se, por exemplo, a escritora Margarida Vale de Gato ou a atriz Letícia Pinheiro aos ativistas Yolanda Santos e Guilherme Luz. Dessa junção estão planeados workshops de escrita criativa, de teatro climático, de criação de animações em stop-motion.
Estão também programadas performances musicais por Luca Argel, Catarina Branco, La Barca e um DJ Set de Luís Severo, bem como um espetáculo de comédia do humorista Carlos Pereira.
O coletivo Alecrim surgiu da crença de que a transformação cultural desempenha um papel central no tipo de mobilizações sociais e políticas que são necessárias no presente. No último ano, o Alecrim tem desenvolvido workshops e sessões de colagens de cartazes que juntam ativistas e artistas para disseminar e criar pensamento sobre a crise climática.
O festival foi inspirado por iniciativas como os festivais “We love green”, em França, “Ecoperformance”, no Brasil, e “Climate Change Theater Action”, nos Estados Unidos da América. A entrada é gratuita e o programa pode ser consultado aqui.