“Merecem ser derrotados porque são um governo de mentirosos”

27 de setembro 2013 - 22:39

João Semedo defendeu no encerramento da campanha em Lisboa que os partidos do governo já sabem que vão perder, mas é preciso garantir que percam por muito, e exigir a sua demissão no dia 29.

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João Semedo: O Bloco vai virar o país ao contrário. Foto de Paulete Matos

No jantar de encerramento de campanha na cantina universitária de Lisboa, João Semedo afirmou que os partidos que compõem o governo já sabem que vão perder as eleições do próximo domingo. “Querem conseguir perder por pouco, mas cá estamos nós para fazer com que percam por muito”, sublinhou. O coordenador do Bloco de Esquerda recordou as mentiras de Paulo Portas, de Maria Luís Albuquerque, de Rui Machete. “Não chega para demitir este governo?”, questionou.

“Merecem ser derrotados”, insistiu, “porque atiraram milhares de pessoas para a miséria, e também porque são um governo de mentirosos”, desenvolvendo a ideia de que não há austeridade para melhor, “a austeridade é sempre para pior”.

O também candidato à Câmara de Lisboa defendeu que o povo que saiu às ruas nas greves gerais e nas grandes manifestações de 15 de setembro e de 2 de março vai agora às urnas no domingo impor uma grande derrota ao governo. E nessa derrota, o Bloco de Esquerda não não vai fazer um papel de espectador. Semedo traçou os objetivos bloquistas – manter a Câmara de Salvaterra de Magos, eleger vereadores onde até hoje o Bloco não o tinha feito, em municípios da zona metropolitana de Lisboa, Setúbal e Porto. “Vamos eleger Luís Fazenda na câmara de Sintra, José Soeiro na do Porto”, asseverou Semedo, que incluiu nos objetivos a sua própria eleição como vereador em Lisboa.

Discutir com os abstencionistas

Antes, Luís Fazenda tinha defendido a ideia da necessidade de debater com os que defendem a saída da abstenção, porque esta tendência é mais forte que habitual, devido ao descontentamento muito forte com o governo, e também com o governo anterior. “É preciso levar a sério esta atitude de quase superioridade moral destes que dizem que os políticos são todos iguais”, defendeu Luís Fazenda, que defendeu que não basta demonstrar que os bloquistas têm as mãos limpas, é preciso debater pacientemente sobre as alternativas.

Luís Fazenda defendeu também a importância do voto dos imigrantes, propondo o recenseamento automático destes que muitas vezes querem votar mas perdem os prazos ou caem nas malhas da falta de acordos de reciprocidade.