Segundo a Lusa, a caravana saiu de Altura, no concelho de Castro Marim, em direção a Tavira, pela Estrada Nacional 125 (EN125), e durante o percurso de cerca de 15 quilómetros causou longas filas de trânsito.
João Vasconcelos, porta-voz da comissão de utentes disse à Lusa: “O objetivo é sempre o mesmo, que é o de lutar até à suspensão integral e definitiva das portagens na Via do Infante. É uma evidência que é impossível circular na EN125 e continua a fazer sentido, cada vez mais, lutar pela abolição das portagens na Via do Infante”.
Salientando que “todos os dias há acidentes na EN125", alguns com vítimas mortais, João Vasconcelos realçou o aumento de acidentes “causa um prejuízo à economia e à sociedade algarvia”.
Lembrou ainda que a Via do Infante “continua a dar um prejuízo muito grande ao erário público, que no ano passado foi de entre 40 a 50 milhões de euros” e defendeu que “faz todo o sentido continuar a protestar e é isso que vamos fazer durante todo o verão”.
João Vasconcelos disse que as ações surpresa, que têm sido realizadas pela comissão de utentes durante os protestos, nomeadamente a deposição de coroas de flores nos locais onde se registaram acidentes rodoviários com vítimas mortais na EN125, é “o mínimo que se pode fazer”. E salientou que “é para homenagear os mortos que infelizmente tombaram na EN125, que voltou a ser a estrada da morte depois a introdução de portagens” na A22, a 08 de dezembro de 2011.
O dirigente da Comissão de Utentes exigiu ainda a demissão do Governo: “Se este Governo não tem coragem de acabar com as portagens, que pelos vistos não tem, então que se demita e dê lugar a um novo Governo, que tome como uma das primeiras medidas a abolição de portagens”.
João Vasconcelos criticou também os deputados do Algarve de PSD, CDS-PP e PS por não terem estado ao lado de um projeto de resolução apresentado pelo PCP na AR, a exigir a suspensão das portagens na A22, tendo os deputados de PSD e CDS-PP votado contra, enquanto os do PS se abstiveram.
A comissão de utentes anunciou também para o verão novas ações de luta junto das casas de férias do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na Manta Rota, concelho de Vila Real de Santo António, e do Presidente da República, Cavaco Silva, na praia da Coelha, em Albufeira.