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“É tempo de resistir, não de desistir”

Alegre afirmou que “Quem suspira pelo FMI são aqueles que defendem os sacrifícios desproporcionados que o FMI exige, mas não têm coragem de os propor directamente ao eleitorado”. Candidato alertou para o desemprego e a precariedade das gerações jovens.
“A desconstrução europeia a que estamos a assistir, comandada pela Alemanha, é o contrário do caminho a seguir”, advoga Alegre, apontando que o que precisamos é de “um novo ciclo de políticas de desenvolvimento na Europa e em Portugal”. Foto de Paulete Matos.

Em entrevista ao Diário Económico, Manuel Alegre, referindo-se à possibilidade de intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, afirmou que é “tempo de resistir e não de desistir” e que “Quem suspira pelo FMI são aqueles que defendem os sacrifícios desproporcionados que o FMI exige, mas não têm coragem de os propor directamente ao eleitorado”.

O candidato presidencial declarou que não quer ver o seu “País de joelhos perante ninguém”. Manuel Alegre defende que é necessário “uma mudança das políticas europeias, com mais coesão e mais crescimento”. “É isso que Portugal deve defender na Europa e é para isso que deve conseguir apoios e aliados”, adiantou.

“A desconstrução europeia a que estamos a assistir, comandada pela Alemanha, é o contrário do caminho a seguir”, advoga Alegre, apontando que o que precisamos é de “um novo ciclo de políticas de desenvolvimento na Europa e em Portugal”.

Desemprego e precariedade das gerações jovens

Questionado sobre qual o indicador económico que mais o preocupa, Alegre referiu o desemprego e a precariedade das gerações jovens, alertando para o facto de não haver “crescimento económico nem inovação sem o contributo qualificado destas novas gerações”.

No que respeita ao desemprego, o candidato presidencial defendeu que o seu combate é feito através de “incentivos ao crescimento e com mais apoios sociais aos desempregados” e que é necessário “rever o nosso modelo de desenvolvimento”, assente em “baixos salários”.

“Falta de consideração pelos eleitores”

Manuel Alegre acusa Cavaco Silva de falta de consideração pelos eleitores ao não prestar os devidos esclarecimentos acerca das suas “posições e actos” no que respeita ao BPN e ao deixar respostas para depois das eleições.

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