Bombeiros profissionais contestam Orçamento e marcam greve para 11 e 12 de novembro

17 de October 2021 - 9:07

Os bombeiros consideram que o Governo “se esqueceu por completo dos bombeiros e da proteção civil”, não respondendo à necessidade de aumentos salariais, subsídio de risco ou regulamentação do trabalho no setor.

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Os bombeiros profissionais exigem também o direito à pré-reforma equiparada às forças de segurança.
Os bombeiros profissionais exigem também o direito à pré-reforma equiparada às forças de segurança. Foto de Paulete Matos, esquerda.net.

Os bombeiros profissionais marcaram greve para os dias 11 e 12 novembro, para contestarem a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE'2022), que consideram que “se esqueceu completamente” da classe, anunciaram esta sexta-feira a associação e o sindicato que representam o setor.

“Mais uma vez o Orçamento do Estado esqueceu-se por completo dos bombeiros e da proteção civil, não vemos qualquer tipo de financiamento que resolva as questões que reivindicamos”, declarou o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, à agência Lusa.

A greve no conselho geral alargado da Associação Nacional dos Bombeiros e Profissionais e Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP), onde foi manifestada a insatisfação da classe com a proposta do OE'2022.

Sérgio Carvalho precisou que a proposta de OE'2022 “não responde a qualquer das reivindicações” dos bombeiros profissionais, sejam os sapadores, que pertencem às autarquias, forças de proteção civil que são do Estado e os operadores que trabalham nas centrais de emergência.

Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, subsídio de risco igual ao das forças de segurança, num valor de 100 euros mensais, regulamentação de todo o setor dos bombeiros e proteção civil, revisão da tabela salarial dos bombeiros sapadores, tendo em conta que tal não acontece desde 2009, e 35 horas de trabalho.

Os bombeiros profissionais exigem também o direito à pré-reforma equiparada às forças de segurança, integração imediata da Força Especial de Proteção Civil nos quadros da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e enquadramento dos operadores das centrais da gestão de emergência dos comandos distritais e nacional de operações e socorro.

“Todo o setor neste OE é esquecido, excetuando uma pequena transferência de verbas para as corporações de bombeiros, mas que aos bombeiros não diz nada nem resolve qualquer problema no setor”, conclui Sérgio Carvalho.