Programa de rescisão proposto a professores "faz parte da agenda de destruição da Escola Pública”

26 de October 2013 - 15:02

Segundo a coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, o programa de rescisão proposto aos professores pelo Ministério da Educação "faz parte da agenda de destruição da Escola Pública que está a ser levada a cabo pelo Governo”. Fenprof acusa o executivo PSD/CDS-PP de querer mandar os professores “para a miséria”.

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Foto de Paulete Matos.

Durante o debate “O ataque neoliberal à Escola Pública”, organizado pela Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense, de Guimarães, o secretário geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou o Governo de querer mandar os professores “para a miséria”.

O dirigente sindical reagia desta forma ao esclarecimento emitido pela Secretaria de Estado do Ensino e da Administração Escolar, que adiantou que o programa de rescisão por mútuo acordo, em negociação entre Governo e sindicatos, impossibilita os docentes de acederem à reforma antecipada. Conforme adianta ainda este esclarecimento, e tal como já tinha afirmado o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, não haverá também lugar à atribuição do subsídio de desemprego.

"É tudo feito no ar, é tudo feito a olho e de cabeça e é assim que o Ministério da Educação está. O que Nuno Crato [ministro da Educação] quer é mandar para a miséria os professores que aceitem esta oferta envenenada que é este acordo proposto”, frisou.

Segundo Mário Nogueira, o programa de rescisões proposto pelo Governo "mais não é do que um despedimento sem direitos e feito numa altura que acaba por funcionar como chantagem", sendo que "o Ministério da Educação diz para que se aproveite porque depois há a mobilidade especial e ainda é pior".

"O que seria estranho seria chegar, um dia, do Ministério de Educação de Nuno Crato alguma coisa que fosse boa para as escolas ou para o ensino ou para os professores", afirmou o líder da CGTP.

Professores estão a ser pressionados para serem despedidos

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que também participou no debate, acusou o Governo de estar a fazer uma "pressão inaceitável sobre os professores" para que adiram ao acordo.

"Podem chamar rescisões amigáveis mas o que está a acontecer é que os professores estão a ser pressionados para serem despedidos", destacou.

Segundo Catarina Martins, o acordo proposto pelo Ministério da Educação "faz parte da agenda de destruição da Escola Pública que está a ser levada a cabo pelo Governo.