Bloco desafia PSD e CDS a não deixar para trás precários e desempregados

19 de June 2012 - 17:33

O Parlamento discute, na próxima quinta-feira, cinco propostas do Bloco de Esquerda para reforçar os direitos dos trabalhadores precários e aumentar a proteção aos desempregados. Bloco desafia maioria de direita a viabilizar os projetos e a não deixar para trás os desempregados e trabalhadores precários.

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O Bloco de Esquerda desafiou hoje o Governo a viabilizar as propostas do partido para reforçar os direitos dos trabalhadores precários e aumentar a proteção aos desempregados. Para o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, nem as “diretivas invasivas da troika” justificam que o Governo garanta “fundos de reserva para a banca” enquanto corta o subsídio de desemprego a quem mais precisa. 

O repto foi apresentado na conferência de imprensa em que Luís Fazenda apresentou o tema do agendamento potestativo anual do Bloco (direito a impor a agenda do dia no Parlamento), subordinado ao “desemprego e precariedade”. Assim, na próxima quinta-feira, 21 de Junho, o Parlamento discute e vota cinco propostas para garantir que “não há desempregados deixados para trás e não há precários deixados para trás”.

“Não é aceitável, mesmo estando a seguir diretivas invasivas da troika, que haja fundos de reserva para a banca e todos aqueles que estão desempregados vêm ser cortadas as condições do seu subsídio de desemprego”, declarou o deputado do Bloco.

As propostas do Bloco de Esquerda visam impor um maior combate ao falso trabalho temporário, clarificar a admissibilidade dos contratos a prazo, alterar o regime jurídico de proteção no desemprego, bem como criar programas ocupacionais voluntários e pagos. Entre os projetos apresentados defende-se, também, que as condições para ter acesso ao subsídio de desemprego sejam revistas e medidas para acabar com as “injustiças” nos recibos verdes. 

Desafiando a maioria de direita a viabilizar as propostas do partido, Luís Fazenda insistiu no carácter “minimalista” do pacote legislativo do Bloco, afirmando que o seu objetivo é "corrigir um conjunto de situações de desproteção total do trabalhador e do desempregado".

"O agendamento do BE visa pôr o dedo nesta ferida e dizer não há desempregados deixados para trás e que não há precários deixados para trás. Temos de alterar a política laboral e social em Portugal, não pode haver dois pesos e duas medidas", concluiu.

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