Coimbra: Trabalhadores do callcenter da PT em greve de zelo

30 de May 2011 - 16:48

Os trabalhadores, contratados pela CRH, estão a ser pressionados a assinar rescisões amigáveis sob ameaça de processo crime movido pela PT. Em forma de protesto decretaram uma greve de zelo por 5 dias, exigindo integração nos quadros da PT.

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Os trabalhadores do call center da PT em Coimbra, contratados por intermédio da CRH, realizaram uma reunião à porta da empresa na qual decidiram realizar uma greve de zelo, de 30 de Maio a 3 de Junho.

Os trabalhadores do call center da PT em Coimbra, contratados por intermédio da CRH, realizaram uma reunião à porta da empresa na qual decidiram realizar uma greve de zelo, de 30 de Maio a 3 de Junho. Trabalham para o call center da PT Comunicações em Coimbra, ocupando postos de trabalhos permanentes mas são contratados pela empresa de recursos humanos que está em processo de insolvência. Trata-se de uma forma de protesto contra a pressão e mobbing por parte da CRH que já originou 100 despedimentos.

Segundo denunciam os trabalhadores, num comunicado de imprensa conjunto com o movimento Precários Inflexíveis, existem informações não confirmadas de que, tendo a CRH aberto falência, uma nova empresa intermediária, sob a direcção da mesma administração da CRH, entrará em funções para cumprir o trabalho necessário para a PT Comunicações. Contudo, aos trabalhadores não é fornecida informação sobre o processo de insolvência, para além da lista dos nomes alvos de despedimento.

A pressão e o mobbing laboral por parte da CRH , dentro das instalações da PT, “são constantes”, dizem os trabalhadores. Alegadamente, os funcionários deste call center são pressionados para assinar rescisões amigáveis sob ameaça de processo crime movido pela PT. Desta forma já foram despedidos cerca de 100 trabalhadores com contratos sem termo, denunciam.

Os trabalhadores exigem, portanto, o fim das ameaças e da pressão por parte da CRH, e que o seu futuro seja esclarecido.

Além disto, a mobilização para o protesto, iniciado agora com a greve de zelo, tem também por base a reivindicação da integração nos quadros da PT - empresa para a qual trabalham efectivamente, alguns há cerca de 7 anos, ocupando postos de trabalho permanentes - de todos os trabalhadores com contratos a prazo ou temporários, bem como os trabalhadores efectivos. “O trabalho é realizado para a PT, uma empresa estável com resultados líquidos de vários milhares de milhões de euros anuais”, alegam no comunicado.

Ver vídeo com depoimento de trabalhadora da CHR, disponível no blogue dos Precários Inflexíveis.