Alunos regressam aos protestos esta quarta-feira

23 de November 2008 - 13:45
PARTILHAR

As alterações anunciadas pela Ministra são insuficientes para parar os protestosOs alunos do ensino secundário do distrito do Porto voltam às ruas já no dia 26 de Novembro, esta quarta-feira. Na próxima semana, dia 4 de Dezembro, o protesto terá dimensões nacionais, convocado por Associações de Estudantes e pela Plataforma Estudantil "Directores Não!". Os jovens consideram que as alterações recentes anunciadas pelo Ministério da Educação são como "um docinho que não muda nada do essencial"   



O Movimento de Estudantes do Secundário Porto convoca todos os alunos do secundário do distrito a saírem à rua uma vez mais, manifestando-se contra o actual Estatuto do Aluno; contra as aulas de Substituição e o seu modelo; exigindo mais democracia nas escolas e maior representação dos alunos nos órgãos escolares. A introdução da disciplina de Educação Sexual e o fim absoluto do Regime de Faltas são outras das reivindicações dos alunos do Porto.

O protesto é já no dia 26 (esta quarta-feira) e o ponto de encontro é às 10h na Avenida dos Aliados, seguindo daí para a DREN.



Entretanto, a Plataforma Estudantil "Directores Não!" anunciou que vai aderir ao protesto nacional de estudantes do próximo dia 4 de Dezembro, data proposta pela Delegação Nacional das Associações de Estudantes.



Além do novo Estatuto dos Aluno, cujas novas alterações feitas apenas por despacho não convencem os estudantes (os jovens falam num "docinho que não muda nada do essencial") , a Plataforma contesta também a criação da figura do director da escola, alguém que, afirmam "pode vir de fora da escola, pode decidir a constituição do conselho pedagógico", o que consideram um "modelo perigoso".

Luís Baptista salientou ainda que as escolas do país têm carências "de professores, de funcionários, de materiais didácticos, gimnodesportivos e mesmo comodidades básicas, como aquecimento", tudo motivos que levam a Plataforma a defender a demissão da ministra e a mudança de políticas educativas.

Aliás, a exigência de demissão da ministra da educação levou esta estrutura a lançar um abaixo-assinado que visa conseguir "10 mil assinaturas".