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Interpol recusa ordem de detenção contra Evo Morales

As autoridades bolivianas lançaram um pedido de extradição do ex-presidente por delito de sedição e terrorismo, acusações que a Interpol considerou terem motivação estritamente política.

Evo Morales, presidente da Bolívia deposto em novembro de 2019 através de um golpe de estado militar com apoio dos EUA, está desde então na Argentina.  Esta é a segunda vez que as autoridades bolivianas tentam deter Morales através da Interpol, sem sucesso.

As autoridades em La Paz pretendiam que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) detivesse Morales sob acusações de terrorismo e sedição. No entanto, a organização internacional rejeitou a ordem de detenção, considerando-as serem de natureza política. De acordo com os seus estatutos, a Interpol não pode agir por razões políticas, noticia a Agência EFE.

A acusação partiu do Ministério do Interior da Bolívia em novembro de 2019, após a nomeação de Jeanine Áñez como presidente interina do governo golpista, numa altura em que Evo Morales se encontrava no México.

No vídeo que sustenta a acusação, Morales alegadamente incita ao bloqueio de cidades na Bolívia. A Humans Rights Watch não considerou o vídeo como prova suficiente para justificar a gravidade da acusação.

O país terá eleições no próximo dia 18 de outubro, e Evo Morales já declarou que se o seu partido Movimento para o Socialismo ganhar as eleições, irá voltar para a Bolívia.

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