No call center de Trofa, do Grupo Trofa Saúde, é preciso registar um código no computador para ir à casa de banho. Uma situação ilegal, sublinha o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
O sindicato denúncia que a situação não é de agora mas “já dura há muito tempo”. Só que “foi agravada na semana passada quando a empresa decidiu afixar no quadro os tempos diários despendidos pelos trabalhadores em pausas como refeições e idas à casa de banho”.
O STIHTRS-Norte conta ainda que perante o protesto dos trabalhadores, este quadro foi retirado mas voltou, no dia seguinte, a ser colocado.
O sindicato considera que “este comportamento viola a Lei e a Constituição da República Portuguesa, fere a dignidade dos trabalhadores e representa uma pressão enorme” sobre estes. Foi solicitada a “intervenção urgente da Autoridade para as Condições de Trabalho.”
Os trabalhadores não estão satisfeitos também com o facto do crescimento deste que é “um dos maiores grupos económicos” da área da saúde privada se fazer “à custa da exploração desenfreada dos trabalhadores”. Há um banco de horas que o sindicato considera ilegal, que faz com que estes trabalhadores sejam obrigados a trabalhar por vezes 10, 12 ou até mais horas sem qualquer remuneração suplementar, tenham horários “imprevisíveis e desregulamentados”, não seja pago subsídio de turno. Para além disto, há salários muito baixos e trabalhadores em categorias erradas, afirmam os sindicalistas.