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Greve na General Motors continua até votação do acordo
O sindicato United Auto Workers (UAW) anunciou na semana passada ter chegado a um acordo com a administração da General Motors para pôr termo à greve que decorre desde meados de setembro e que custa à empresa cerca de cem milhões de dólares por dia, tendo paralisado a produção em 33 fábricas e impedido o fabrico de cerca de 300 mil veículos.
Agora, os 49 mil grevistas sindicalizados terão a última palavra sobre este acordo, cujas linhas gerais foram divulgadas, incluindo aumentos salariais, manutenção dos baixos descontos para o seguro de saúde, um bónus de 11 mil dólares e integração dos trabalhadores precários após três anos de trabalho contínuo. Segundo a Associated Press, o acordo inclui também uma indemnização de 60 mil dólares para os dois mil trabalhadores elegíveis para o programa de reformas antecipadas. E os contratados após 2007, que recebiam salários mais baixos que os restantes, passam a poder alcançar o nível salarial máximo (32.32 dólares/hora) em menos de quatro anos, em vez dos oito atuais. A General Motors compromete-se também a investir 7.700 milhões de dólares nas suas fábricas nos EUA, mas não são conhecidos os detalhes acerca do destino desse investimento.
Em troca, a empresa poderá prosseguir com o seu plano de encerramento de fábricas, nomeadamente três das quatro que pretendia encerrar. A boa notícia calhou aos trabalhadores da fábrica de Detroit-Hamtramck, que em vez de fechar portas vai produzir um modelo de pickup elétrico. As fábricas de Warren (Michigan), Baltimore (Maryland) e Lordstown (Ohio) irão mesmo encerrar, embora nesta última localidade seja criada uma unidade de fabrico de baterias que apenas cobrirá parcialmente a perda de postos de trabalho da atual fábrica.
A ser aprovado este acordo, ele representará uma extraordinária vitória para um sindicato que tem vindo a perder peso e representatividade nas últimas décadas e servirá de modelo às negociações com os outros grandes grupos de fabricantes automóveis nos EUA, a Ford e a Fiat Chrysler.
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