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Figuras da direita contestam aproximação ao Chega

Intelectuais e ex-governantes e deputados do PSD e CDS dizem não aceitar a “amálgama ideológica” que resulta do acordo para governar os Açores. Mas acabam por imitar o argumento de Rui Rio quando equiparam a extrema-direita xenófoba aos partidos à esquerda do PS.
Rui Rio e André Ventura no Parlamento.
Rui Rio e André Ventura no Parlamento. Foto de António Cotrim/Lusa.

No abaixo-assinado divulgado pelo jornal Público, várias figuras da órbita do PSD e do CDS, como os ex-governantes Poiares Maduro, José Eduardo Martins, Francisco José Viegas ou as deputadas Teresa Caeiro, Ana Rita Bessa e Rubina Berardo, propõem-se enfrentar a atual “deriva nacionalista, identitária, tribal” da direita e a “amálgama que faz o seu caminho entre forças da direita autoritária e partidos conservadores, liberais, moderados e reformistas”.

Com o acordo entre as direções do PSD e do Chega para viabilizar o próximo Governo Regional dos Açores como pano de fundo, os subscritores alertam que “a aceitação desta amálgama ideológica por parte das direitas democráticas constitui uma afronta à sua história e o prenúncio de um colapso moral”.  

Mais à frente, os signatários do texto “A clareza que defendemos” não resistem a contribuir também eles para uma outra amálgama, por sinal a que Rui Rio usou para justificar o acordo com o Chega nos Açores: “É certo que muitos à esquerda têm cedido a frentismos que anteriormente rejeitavam. Mas a essas derivas não devem os não-socialistas responder cooptando os radicalismos de sentido contrário”.

Para o deputado bloquista Jorge Costa, ao equipararem partidos defensores da Constituição, como o PCP e o Bloco de Esquerda, com o partido de André Ventura, que tem como prioridade política o ataque a Constituição, “da amálgama não sai clareza, sai normalização da deriva” por parte dos autores deste abaixo assinado.

 

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