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“É necessário cortar as rendas excessivas”

Jorge Costa "apresentou uma iniciativa para que a auditoria da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos seja conhecida e debatida publicamente no parlamento."
Jorge Costa, deputado do Bloco de Esquerda na marcha contra as portagens no Algarve.
Jorge Costa, deputado do Bloco de Esquerda na marcha contra as portagens no Algarve.

À margem da marcha contra as portagens no Algarve, o deputado Jorge Costa abordou a constituição de António Mexia como arguido, declarando que “o Bloco de Esquerda espera que o inquérito decorra rapidamente e que chegue a conclusões, porque isso é do interesse dos arguidos e do interesse de todos." 

António Mexia foi constituído arguido esta sexta-feira no âmbito da investigação sobre as rendas excessivas da EDP. Para Jorge Costa, "estes subsídios têm vindo a ser denunciados ao longo dos anos pelo Bloco de Esquerda. Temos feito propostas para que eles fossem cortados. E constituem uma parte muito importante da fatura, que não é energia. São custos imputados aos consumidores que contribuem para que a energia de Portugal seja a mais cara da Europa.”

E isto acontece “também por causa dos CMEC”, que Jorge Costa classifica de “rendas excessivas que são pagas às elétricas”. 

Relembrou também que “a OCDE, no seu relatório de 2016, já avisava que as rendas excessivas continuavam e tinham de ser cortadas. O que aconteceu em Portugal foi que, na única tentativa de o fazer, o Secretário de Estado na altura em funções foi demitido e afastado do governo PSD/CDS sob a pressão da EDP”. 

Por isso, "o Bloco de Esquerdas apresentou uma iniciativa para que a auditoria da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos seja conhecido e debatido publicamente no parlamento." 

E reforça: "o setor elétrico é um daqueles onde a promiscuidade entre a política e os negócios foi mais longe, e em que a rotação entre cargos políticos e lugares nas administrações das empresas teve consequências pesadas para os consumidores. É preciso passar à ação para defender o interesse do consumidor e o interesse público."

Artigo alterado às 21.50h de domingo, 4 de junho de 2017

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