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Covid-19: Professores do Bloco acusam Ministério da Educação de "orientações irresponsáveis"

Os professores do Bloco de Esquerda alertam para uma “onda de perplexidade, inquietação e insegurança” entre a comunidade escolar, provocada pelas “orientações irresponsáveis” do Ministério da Educação no que respeita ao distanciamento social.
Escola João de Barros, Seixal. Foto de Manuel de Almeida. Agência Lusa.
Escola João de Barros, Seixal. Foto de Manuel de Almeida. Agência Lusa.

O documento público está aberto a subscrição, e pretende definir uma posição do setor face ao “irresponsável atropelo às regras de distanciamento físico e social”, pois “o distanciamento de um metro não tem caráter obrigatório e só ocorrerá ‘se for possível’, permitindo implicitamente que os alunos estejam encostados uns aos outros por não haver salas de aulas onde caibam turmas com 28 e 30 alunos de outra maneira”.

As regras foram avançadas pelo Ministro da Educação na entrevista ao jornal Expresso, de 4 de junho, e no documento ‘Orientação para a Organização do Ano Letivo de 2020/21”, da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares.

Para os professores do Bloco, “a insensibilidade e irresponsabilidade demonstradas pelo Ministério da Educação levam-nos a temer que as escolas venham a ser espaços geradores de surtos de propagação da pandemia”. E lamentam que “as opções economicistas” se sobreponham “ao direito à segurança e à saúde”, defendendo que cabe aos professores “impedir que a aplicação das Orientações atentórias da saúde pública seja consumada em setembro próximo”.

“Os professores não estão disponíveis para aceitar tamanha irresponsabilidade e instam a sociedade a exigir que o Ministério assuma as suas responsabilidades de defesa da escola pública como local seguro de aprendizagem e socialização dos jovens”, concluem.

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