Foi em março de 2020 que circularam, pela última vez, os comboios Sud Express e Lusitânia, que asseguravam respetivamente a ligação a Paris e a Madrid.
“Enquanto todos os serviços afetados pela pandemia foram sendo retomados, continuamos privados da alternativa mais cómoda e ecológica para viajar ao estrangeiro” afirma o coletivo ATERRA acrescentando que “esta suspensão desloca mais passageiros para a aviação, que é o meio de transporte mais poluente e a fonte de gases com efeito de estufa que mais rapidamente cresce. Madrid é neste momento o principal destino dos passageiros do Aeroporto Humberto Delgado – uma viagem que pode ser substituída de forma fácil, prática e económica pelo comboio”.
Em declarações ao Jornal de Notícias, o Ministério das Infraestruturas e a CP afirmaram que estão em “estudo vários modelos de negócio para encontrar soluções que apresentem boas condições de sustentabilidade para a retoma dos serviços”, sem se comprometerem com quaisquer datas ou prazos.
O coletivo ATERRA é um dos promotores da petição “Ligar a Península Ibérica e a Europa Central com comboios noturnos”, que conta já com mais de 6400 subscrições.
GAIA, Climáximo, Rede para o Decrescimento, CIDAC, Habita, Greve Climática Estudantil, Morar em Lisboa, Assembleia Feminista de Lisboa, Por Um Mundo Ideal, Casa da Horta, Climate Save Movement, Gestual, Horta da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Slow Motion Tours, Left Hand Rotation, Renovar a Mouraria, Reflorestar Portugal, Art for Change, ativxs, Academia Cidadã, Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro são os coletivos que integram o ATERRA.
