Por iniciativa do Bloco, a Assembleia da República repudiou e condenou esta sexta-feira a decisão do governo dinamarquês de enviar “migrantes indesejados” para uma ilha no Mar Báltico.
O voto de repúdio sublinha que esta medida era a continuação de um “caminho preconceituoso com migrantes” que inclui um pacote legislativo conhecido como “pacote do gueto”, com medidas restritivas impostas a áreas de concentração de migrantes.
A iniciativa do governo dinamarquês é considerada “uma violação do direito internacional”, uma vez que restringe liberdade de movimento “a pessoas que não podem ser expulsas ao abrigo da lei internacional”.
Este governo, formado por uma coligação entre partidos de centro-direita e que depende do apoio parlamentar do Partido do Povo Dinamarquês, de extrema-direita, tornou público que confinar numa ilha a três quilómetros da costa dinamarquesa, que atualmente alberga laboratórios, estábulos e crematórios de um centro de pesquisa de doenças animais contagiosas, requerentes de asilo cujos pedidos tenham sido rejeitados e estrangeiros que possuam cadastro ou que apresentem um pretenso perigo à ordem pública.