Televisão comunitária como meio de desenvolvimento

A TV Comunitária é uma alternativa e, porque não, um complemento, às emissões feitas pelas estações de TV comercial e pública. Por Andrzej Kowalski, que estará no Fórum Socialismo 2018, a realizar-se no primeiro fim de semana de setembro na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria.

07 de agosto 2018 - 21:37
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Fotografia: TV KLELE, televisão comunitária na Guiné-Bissau.

Especialmente tendo em conta que em muitos países há zonas inteiras sem energia elétrica e com acesso a aparelhos de televisão extremamente limitado. Por outro lado, os programas emitidos habitualmente, estão bastante alienados dos problemas reais das populações.

Sendo a televisão uma força educativa poderosa, a TV Comunitária é uma emissora que pode ser uma fortíssima e barata de desenvolvimento junto das populações, tanto nos meios urbanos como em zonas isoladas.

O que é uma TV Comunitária?

Em grande resumo, é uma televisão feita pelas pessoas que fazem parte da comunidade onde a TVC funciona (um bairro, uma aldeia, uma zona) contando de modo essencial com o apoio e colaboração da população, tanto na programação como na própria realização dos programas que são emitidos/projetados durante sessões especiais para essa mesma comunidade. Os programas são projetados para um écran gigante, montado para o efeito num determinado espaço público (praça, salão, casa comunitária...). A cada sessão segue-se um debate sobre os conteúdos nela incluídos.

A componente mais importante da emissão é constituída por programas realizados com a população e que dizem respeito às suas vidas e problemas, valorizando ao mesmo tempo costumes, tradições, ideias inovadoras, manifestações artísticas locais. Uma outra parte da emissão são os programas “externos” escolhidos com o critério de interesse para a comunidade e com o objetivo, entre outros, de alargar perspetivas, de dar acesso ao conhecimento de experiências e modos de vida de outras comunidades. A programação contém também partes dedicadas ao entretenimento, na sua maioria realizadas por pessoas do local em que o projeto se situa.

A equipa (“núcleo duro”) é formada por voluntários que vão assumindo várias funções e que frequentam cursos de formação intensiva em áreas como: jornalismo, realização, captação de imagem, pós-produção, animação de grupos, e gestão.

Termos relacionados: Fórum Socialismo 2018