Revolução no Egipto

Ao fim de 18 dias de mobilização, de combates de rua e de centenas de mortes, a revolução egípcia teve a sua primeira grande vitória com a queda de Mubarak. Este levante sem precedentes na história do Egipto seguiu-se à vitória na Tunísia e muito provavelmente dará o sinal para a queda de outras ditaduras no mundo árabe.

11 de fevereiro 2011 - 18:12
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Manifestantes comemoram queda da ditadura de Mubarak. Foto do staff do Globalgrind

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Neste dossier juntamos artigos que ajudem o leitor a compreender o contexto dos acontecimentos. Tariq Ali compara os acontecimentos com as revoluções europeias de 1848, e distingue-os dos do Leste europeu em 1989. Slavoj Žižek defende que a insurreição egípcia foi universal: identificámo-nos com ela, quase de imediato, em qualquer parte do mundo. Hossam el-Hamalawy, jornalista e blogger egípcio, destaca o papel da juventude e do movimento sindical nos protestos. No calor das greves recentes, foi fundada uma Federação de Sindicatos Independentes. Richard Dreyfuss informa quem são as principais organizações da oposição e Gilbert Achcar sustenta que “há condições ideais para a esquerda reconstruir-se como alternativa”. Ian Johnson mostra como a Irmandade Muçulmana tem uma longa história de contactos com Washington e Ali Abunimah analisa as implicações para a Palestina do levante egípcio. De novo, Slavoj Žižek diz que a reacção ocidental frequentemente demonstra hipocrisia e cinismo e Noam Chomsky afirma que o mundo árabe está em chamas. Concluímos com Dez conclusões a que chegou o fórum dos docentes de Direito do Cairo.

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