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Um sábado a cantar e a desfilar contra o racismo e a xenofobia em Portugal
“A nossa luta é todo o dia! Contra o racismo e a xenofobia!” Foi uma das palavras de ordem que mais se cantou este sábado em Lisboa. Mas também a mesma mensagem foi passada em Coimbra e no Porto, onde igualmente se saiu às ruas contra o racismo e contra o medo das agressões policiais.
Em Lisboa, o encontro estava marcado para as três horas no Marquês de Pombal, onde se começaram a juntar pessoas erguendo faixas e cartazes nas quais se podia ler “abaixo a violência racista, justiça para Cláudia Simões”, “Stop violência policia, Stop racismo”, “não quero ter medo da PSP”, entre outras.
A nossa luta é todo o dia
Contra o racismo e a xenofobia pic.twitter.com/Fc6z7c1hXv— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) February 1, 2020
Avenida a baixo, gritou-se “mexeu com uma, mexeu com todas” e “não passarão”. E também se dançou.
Mexeu com uma, mexeu com todas! pic.twitter.com/KhKn2uZqQu
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) February 1, 2020
Cerca de uma semana depois da agressão policial a Cláudia Simões, este foi o caso que despoletou imediatamente a manifestação. Mas Giovani Rodrigues, o jovem cabo-verdeano assassinado em Bragança, também não foi esquecido durante o desfile.
Giovanni presente! Cláudia presente! pic.twitter.com/rOhNndesmc
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) February 1, 2020
Segurança implica “investigar intransigentemente” a violência policial
Entre as várias vozes que se ergueram nesta ocasião estava a de Beatriz Dias. A deputada bloquista esclareceu que esteve presente “em solidariedade com a Cláudia Simões que foi brutalmente agredida” mas também não esqueceu que, no geral, “a violência policial que afeta de uma forma desproporcional as pessoas negras e ciganas”, situação que importa denunciar.
Sobre o caso de Cláudia Simões a deputada reiterou que é preciso “investigar intransigentemente” o que aconteceu”. O esclarecimento deste e de outros casos ocorridos é importante “para que as pessoas racializadas se sintam seguras”, reforçou.
Beatriz Dias pensa que as “forças de segurança devem trazer confiança à população, devem proteger a vida de todas e todos que vivem em Portugal”. Mas também é preciso que hajam “políticas públicas que corrijam esta situação”.
Por isso, a deputada falou também sobre algumas das propostas que defende sobre este tema. Deve ser criado “um organismo independente que investigue e que fiscalize estas situações”, “é preciso que as polícias tenham formação anti-racista” e que “haja um reforço da polícia de proximidade que pode garantir a confiança das populações nas forças de segurança”, concluiu.
"queremos denunciar os casos de violência policial que têm afetado desproporcionalmente as pessoas negras e ciganas. É preciso investigar o que aconteceu, não descurando a possibilidade de haver motivações raciais", Beatriz Gomes Dias, deputada do Bloco de Esquerda. pic.twitter.com/UPsc5YWqLs
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) February 1, 2020
"Vim aqui para me manifestar taxativamente contra qualquer agressão feita tanto às mulheres, quanto às mulheres negras em Portugal, e em específico contra a violência policial do estado" pic.twitter.com/eE6q3DgfoI
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) February 1, 2020
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